Relembre: o Boeing 767-200 na Varig

Na década de 80, a Varig estudava aeronaves para dar continuidade à renovação de sua frota e a Boeing surgiu com uma proposta irrecusável. A fabricante norte-americana queria que a aérea brasileira deixasse de operar com aviões da Airbus – na época a Varig tinha uma frota praticamente composta somente por Boeing e McDonnell Douglas, mas operava duas unidades do A300.

A empresa aérea fechou então o negócio de US$ 380 milhões, encomendando seis Boeing 767-200ER. Antes de receber seus primeiros exemplares novos de fábrica do modelo, a Boeing arrendou dois 767-200 para a Varig. Equipados com motores Pratt & Whitney, a dupla PP-VNL e PP-VNM chegou ao Brasil, respectivamente, em junho e setembro de 1986. Ambos ficaram por pouquíssimo tempo na Varig, com o VNL indo embora em maio e o VNM em agosto de 1987. Paralelamente começavam a chegar os 767 originais de fábrica encomendados pela companhia.

O primeiro a pousar no País foi o PP-VNN, em julho de 1987. Ainda nesse mês, a Varig recebeu outros quatro: PP-VNO, VNP, VNQ e VNR. O último a chegar foi o PP-VNS, em agosto de 87. Todos eles eram da versão ER (Extended Range), portanto permitindo a realização de rotas mais longas, e eram equipados com motores General Electric. A chegada dos bimotores da Boeing fizeram com que a empresa aposentasse de vez os quadrimotores 707.

A companhia os designou para voos internacionais, em rotas para Santiago, Lisboa, Guayaquil, Miami, Lima, entre outras cidades, além também de fretamentos entre o Nordeste brasileiro e a Europa.

Ao longo dos 17 anos de operação do 767-200 em sua malha, a Varig utilizou quatro configurações diferentes:

  • 185 assentos: 18 na Primeira Classe e 167 na Econômica
  • 194 assentos: 18 na Executiva e 176 na Econômica

  • 191 assentos: 24 na Executiva e 167 na Econômica
  • 225 assentos: todos em classe Econômica

Por falta de pagamento, a GECAS, então proprietária das aeronaves, começou a pressionar a Varig em 2003. Sem ter muito para onde correr, a companhia decidiu devolver cinco de seus seis 767-200ER. Em março de 2003, três foram embora: VNN, VNP e VNQ.

A ideia da Varig era manter um exemplar, o PP-VNO, operando voos fretados pela sua subsidiária Varig Charter/Rotatur, no entanto, o plano foi descartado e o VNO deixou a companhia em abril de 2003. Os dois últimos, PP-VNR e PP-VNS, foram oficialmente devolvidos em maio de 2004.

Anos mais tarde, o 767-200 voltou a operar pela companhia, mas agora na “Nova Varig” (VRG Linhas Aéreas), com a chegada do PR-VAC em dezembro de 2007. O bimotor foi empregado principalmente em voos pelo Brasil e pela América do Sul até deixar o País em março de 2011.

Fotos: Arquivo Flap

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