Especial Pan Am: a era a jato com o Boeing 707

Ao longo de sua riquíssima trajetória, a Pan American World Airways operou uma série de diferentes modelos de aeronaves, como o Douglas DC-3 ou o 747, mas o Boeing 707 talvez tenha sido um dos mais marcantes e icônicos em sua história. Embarque em mais uma matéria especial da Pan Am e, para ler a parte 1 da história da empresa, que saiu na divisão AEROLINHAS da nossa edição 613, assine já a Flap International: ASSINE AQUI.

Na década de 50, a era a jato na aviação comercial ainda estava em seus primeiros passos. Aviões mais velozes e com maior autonomia começavam a entrar em cena, reduzindo assim de forma significativa o tempo dos voos, principalmente os de longa distância, e melhorando o conforto dos passageiros. O Boeing 707 foi um divisor de águas nas viagens aéreas daquela época. Seu bom desempenho e capacidade seduziu empresas aéreas ao redor de todo o planeta, incluindo a Pan Am, que foi a cliente lançadora do modelo. A companhia havia feito uma encomenda inicial com a Boeing de vinte unidades do 707, além também de um pedido junto à Douglas de 25 exemplares do principal rival do quadrimotor da Boeing: o Douglas DC-8.

O primeiro 707 da empresa chegou em 15 de agosto de 1958, abrindo assim as portas da era a jato na Pan Am. Matriculado como N707PA, o quadrimotor foi batizado como “Jet Clipper America”. A companhia realizou o voo inaugural com o modelo na chuvosa noite do domingo, 26 de outubro de 1958, conectando Nova York Idlewild (atual JFK) e Paris Le Bourget, com uma parada em Gander, no Canadá, para reabastecimento. O quadrimotor de matrícula N711PA foi designado para o primeiro voo e, para a ocasião, ganhou o nome “Jet Clipper America”. A bordo, 11 tripulantes e 111 passageiros, incluindo celebridades.

Foto do primeiro voo. Via Pan American World Airways

“Nós andamos até a aeronave em um tapete vermelho com bandeiras dos dois lados”

Hopkins (passageiro mais jovem a embarcar no voo inaugural do 707 da Pan Am)

Após o N707PA, a companhia recebeu ainda outros sete exemplares do 707-120. O jato foi significado de grande expansão na Pan Am, que um ano após o primeiro voo com o modelo, estava realizando em média 50 voos intercontinentais na semana com o 707. Posteriormente, em 1959, começaram a chegar os 707-321, que tinham melhor autonomia e novos motores, entre outras melhorias.

A empresa também incorporou seis 707-331, passou a receber o 707-320B a partir de 1962 e ainda voou com a versão cargueira do quadrimotor, o 707-300C, além de nove unidades do Boeing 720B.


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De Nova York até Pago Pago, passando por Londres, Rio de Janeiro, San Juan, Johanesburgo, Tóquio, entre várias outras cidades, os Boeing 707 da Pan Am podiam ser vistos em todos os cantos do globo. O impacto do jato na companhia foi tão grandioso, que não só revolucionou as viagens aéreas, como também influenciou a política, economia, cultura e o mundo da moda.

Entre 1958 e 1981, a Pan Am operou com um total de 137 exemplares do 707. Veja mais detalhes:

  • Boeing 707-100: oito unidades (voou de 1958 a 1974)
  • Boeing 707-300: 120 unidades (voou de 1959 a 1981)
  • Boeing 707-300C: nove unidades (voou de 1963 até 1979)
  • + nove unidades do Boeing 720B

Durante o período em operação na empresa, 15 exemplares do modelo sofreram perdas totais.

Fim

Era um sábado, 3 de janeiro de 1981, quando a Pan Am encerrou as atividades regulares com seu emblemático carro-chefe. Anos depois, 1983, a empresa reativou um 707 para cumprir um voo especial: em em 26 de outubro daquele ano, o jato realizou um voo comemorativo marcando os 25 anos desde sua primeira viagem transatlântica.

Uma aeronave certamente emblemática não só para a Pan Am, como também para a história da aviação.

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