Do Rio a Hong Kong: a rota mais longa da Varig

Durante muito tempo, a Varig fez o nome do Brasil viajar ao redor do planeta. Eram diversos destinos: Nova York, Los Angeles, Lima, Londres, Copenhague, Tóquio e por aí vai.

Na década de 1990, a companhia lançou sua mais longa e exótica rota. Conectando o Rio de Janeiro com o emblemático Aeroporto de Kai Tak, em Hong Kong, a odisseia contava com paradas em Guarulhos, Joanesburgo e Bangcoc, na Tailândia. Eram 18.471 quilômetros de trajeto, e o tempo total só da ida durava cerca de 24 horas.

A rota inaugural aconteceu em 15 de janeiro de 1993 e foi efetuada pelo Boeing 747-400 de matrícula PP-VPG. Nascia aí o RG828/829. A companhia foi a primeira linha aérea brasileira a contar com voos tanto na Tailândia quanto em Hong Kong.

Foto: GCMap

A Varig passou então a oferecer dois voos semanais no trajeto e várias tripulações eram necessárias para realizar a linha por completo (ida e volta). Na época, a empresa contava com dois Boeing 747-400 (PP-VPI e PP-VPG) e, em abril de 1993, chegou o terceiro, o PP-VPH.

Os flagships da Varig puderam ser vistos sobre as ruas de Kowloon até 1994, ano em que a companhia devolveu seu trio de Boeing 747-400 por conta dos altos custos da operação com o modelo, principalmente do leasing, e o MD-11 passou a ser o responsável pela longa rota. Os Boeing 747-200 e -300 também realizaram o trecho, mas com aparições esporádicas.

Foto: Panda Beting

Em 1996, a Varig mudou sua identidade visual e alguns MD-11 já com as cores novas passaram por Kai Tak, mas o fim dessa rota estava próximo. Em 1998, a empresa decidiu colocar um ponto final em seu longo Rio-Hong Kong. No mesmo ano, o Aeroporto de Kai Tak foi fechado e substituído pelo atual.

O lendário aeroporto de Kai Tak possuía a aproximação mais desafiadora da aviação comercial, principalmente quando falamos sobre os grandes widebodies. Cercado por prédios, montanhas e a Baía de Victoria, o procedimento IGS para pouso na pista 13, atraia milhares de visitantes todos os anos.

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9 Comentários

  1. Meu currículo é modestíssimo mas se tivesse que mencionar algo que realmente tive orgulho na vida, é ter participado dessa epopeia brasileira dos ares, que foi a VARIG…

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