O dia em que o Concorde voou para os livros de história

Aviação comercial deu um salto supersônico para o futuro cinquenta anos atrás, quando o modelo fez seu voo inaugural

O rugido dos motores foi ensurdecedor quando a tripulação de voo os empurrou para a potência máxima. No dia 2 de março de 1969, a primeira página da história da aviação comercial supersônica acabava de ser escrita. O Concorde primeiro quebrou a barreira do som em outubro daquele ano e atingiu Mach 2 durante o seu 102º voo de teste. O programa de cooperação franco-britânica foi assinado em 29 de novembro de 1962 e confirmou o acordo industrial entre a Sud Aviation e a British Aircraft Corporation, esboçado um mês antes. O contrato comprometeu os dois países com uma participação de 50% dos custos de pesquisa e montagem do modelo supersônico. Levou sete anos para chegar ao primeiro voo naquela tarde de março. Muitas inovações resultaram do seu desenvolvimento, desde controles de voo eletrônicos e o primeiro sidestick de cockpit até sistemas de freios antiderrapantes e o movimento de combustível ao redor da aeronave em voo para ajustar seu centro de gravidade. Mais sete anos foram necessários antes que a Concorde entrasse em serviço comercial, em 1976. As 16 aeronaves construídas foram operadas pela companhias aéreas Air France e British Airways. O trágico e o único acidente do modelo ocorrido em Gonesse, perto de Paris, em 2000, marcou o fim das operações, três anos depois. Por mais de 30 anos, viagens supersônicas tornaram a aviação comercial mais rápida. Hoje se leva cerca de sete horas para atravessar o Atlântico de avião, já o Concorde levava metade desse tempo para percorrer a distância.

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