PT-MRA: o primeiro Fokker 100 do Brasil
Nas décadas de 70 e 80, a então TAM (atual LATAM Brasil) se consolidou no mercado aéreo regional no brasileiro, com seus E110, Fokker 27 e Cessna Caravan. A próxima etapa planejada pela empresa de Rolim Amaro era o mercado nacional e, para dar esse passo, a companhia escolheu o Fokker 100.
Enfrentando uma grande oposição da Varig, Vasp e Transbrasil, a TAM entrou no DAC com o pedido para importar, de início, dois Fokker F-100. O processo foi demorado, mas a empresa ganhou luz verde para a importação dos aviões. Em setembro de 1990, a TAM recebeu o primeiro deles: PT-MRA. O exemplar foi também o primeiro do modelo a ser operado no Brasil. Em seguida, chegou o segundo: PT-MRB. Juntos, os bimotores foram apresentados ao público no final de setembro de 1990, em uma cerimônia na cidade de São Paulo. A TAM designou sua dupla de F-100 para voos a partir de Congonhas.
Menos de ano após a sua chegada, o PT-MRA sofreu um incidente, em abril de 1991, enquanto estava sendo rebocado no Aeroporto de Congonhas. A aeronave se desacoplou do reboque e acabou saindo da taxiway. O Fokker foi removido do local quatro dias depois da ocorrência e passou por uma manutenção durante duas semanas antes de voltar a voar novamente.
O PT-MRA operou na TAM Linhas Aéreas até 2005, quando foi repassado para a subsidiária paraguaia da empresa, a TAM Mercosul. Por lá, o jato voou até 2008, ano em que foi incorporado para a MexicanaClick, onde operou como XA-MRA até 2010. Após deixar de voar comercialmente, o exemplar foi preservado e era utilizado para treinamento de tripulantes na Cidade do México, no entanto, em 2017, decidiu-se desmontá-lo, colocando assim um ponto final na história do primeiro Fokker 100 do Brasil.
O F-100 foi uma máquina de ganhar dinheiro para a TAM, que chegou a operar com 51 exemplares, se tornando a segunda maior operadora do modelo no mundo, atrás apenas da American Airlines.
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