Especial Transbrasil: rotas internacionais nos anos 90

Dando sequência ao nosso Especial Transbrasil agora em janeiro, hoje iremos explorar mais sobre as rotas internacionais oferecidas pela companhia entre 1990 e 1999. Embarque conosco nesta viagem ao passado.

Foi na década de 90 que a Transbrasil passou a colorir os céus de outros continentes com seu marcante arco-íris em voos regulares. Em junho de 1990, a empresa estreava a rota Rio de Janeiro-Guarulhos-Miami-Orlando-Guarulhos-Rio de Janeiro com seu trio de Boeing 767-200: PT-TAA, PT-TAB e PT-TAC. Até então, os bimotores eram utilizados em rotas domésticas, para cidades como Manaus, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Natal, Brasília, entre outras, e a entrada da empresa no mercado internacional quebrou o monopólio da Varig.

Em 1991, a empresa aumentou sua frota de widebodies com a chegada três de Boeing 767, sendo um -200 e dois -300. Naquele mesmo ano, a companhia estreou a ligação Rio de Janeiro-São Paulo-Brasília-Washington, conectando assim as capitais do Brasil e Estados Unidos sem escalas.

Em fevereiro do ano seguinte, a empresa de Omar Fontana desembarcou em Nova York, estendendo suas linhas de Washington em Miami até a Big Apple.


LEIA TAMBÉM:


Dois anos mais tarde, em 1994, a colorida companhia ampliou sua malha internacional iniciando voos de Guarulhos para Buenos Aires (via Curitiba e Porto Alegre) e também para Viena, via Fortaleza. Em 1995, o voo para a capital argentina passou para 2 diários e a segunda frequência era Brasília-Guarulhos-Buenos Aires, operada com o 767. A Holanda também passou a ser servida pela TBA no voo TR874: Guarulhos-Galeão-Amsterdã.

Em 1996, Miami e Orlando ganharam voos de/para Brasília sem escalas; O serviço para Londres foi iniciado partindo de Guarulhos e Rio de Janeiro com paradas intermediárias em Salvador ou Recife; Córdoba também ganhou voos da companhia de Guarulhos via Curitiba e Foz do Iguaçu.

Em 1998, foi a vez de Lisboa e Santiago passarem a contar com operações da Transbrasil e a empresa atingiu seu pico de destinos internacionais atendidos simultaneamente: Washington, Miami, Londres, Córdoba, Buenos Aires, Orlando, Amsterdã, Viena, Lisboa, Santiago e Nova York. Mas isso durou pouco mais de 1 mês: em dezembro de 1998, as linhas de Washington e Nova York foram riscadas do mapa de rotas da Transbrasil. O motivo? Prejuízo nos trajetos. Em 1999, a desvalorização do real frente ao dólar fez com que milhares de passageiros desmarcassem suas viagens, forçando assim as empresas aéreas a cortarem diversos voos. A Transbrasil reduziu sua presença nos Estados Unidos, cancelando 7 frequências semanais das rotas para Miami e Orlando. A recessão forçou a empresa a também devolver aeronaves e, até o final de 1999, cinco 767-200 deixaram a frota.

A Transbrasil fechou a década de 90 com voos internacionais apenas para Buenos Aires, Lisboa, Miami e Orlando. Um cenário inimaginável para a companhia até 1998.

Abaixo, o mapa com o compilado das rotas operadas pela empresa durante a década de 90:

Informações extraídas da obra Tango Bravo Alfa – Vida, Paixão, e Morte da Companhia Aérea Mais Querida do Brasil de Gianfranco Beting.

-> ASSINE AQUI A FLAP INTERNATIONAL

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Vamos conversar?
Precisando de ajuda?
Olá, podemos ajudar?