25 de julho de 2000: o acidente com o Concorde da Air France

Era terça-feira, 20 de julho de 2000, quando o veloz e imponente Concorde sofreu seu primeiro grave acidente, após 27 anos de operações. O impressionante registro acima foi feito por Toshihiko Sato, que estava a bordo de um 747 da Air France que havia acabado de chegar de Tóquio.

O vento estava calmo naquela tarde no Aeroporto Paris Charles de Gaulle. Com 109 pessoas a bordo, sendo 100 passageiros e 9 tripulantes, o Concorde de matrícula F-BTSC aguardava sua vez para decolar. Naquele fatídico 20/07, o supersônico cruzaria o Oceano Atlântico para cumprir o voo AF 4590 na “Ponte Aérea” entre a capital francesa e Nova York e estava com 1 hora de atraso em relação ao seu horário original de partida. A previsão de duração do voo era de pouco mais de 3 horas. À sua frente, o Douglas DC-10 de matrícula N13067 da Continental Airlines decolou às 16h38 (local) para Newark operando o voo 055.

Alinhado para decolagem, o F-BTSC foi autorizado a partir cinco minutos depois da decolagem do trijato norte-americano e iniciou sua corrida pela pista 26R. Segundos após atingir a marca de 100 knots, um dos pneus do Concorde colidiu com uma peça que havia se soltado de um dos motores do DC-10 da Continental e acabou estourando. As borrachas foram arremessadas contra a fuselagem, perfurando o tanque 5 da aeronave e ocasionando em um grande incêndio. Quase que de imediato, os motores 1 e 2 perderam potência, o 1 menos prejudicado e o 2 bastante afetado. Assim que os pilotos, ainda sem entender a situação, começaram a tirar o F-BTSC do solo, os controladores alertaram sobre o fogo no jato. Já no ar, o engenheiro de voo avisou sobre a falha do motor 2 e, segundos depois, veio o alarme de incêndio do mesmo motor, que foi desligado no procedimento de “incêndio no motor”. O alarme de fogo parou por alguns instantes e voltou a soar freneticamente.

O co-piloto informou que eles tentariam pousar no Aeroporto Le Bourget, no entanto, o motor 1 também perdeu sua potência por completo e o Concorde iniciou uma curva à esquerda até perder o controle, caindo em um hotel na comuna de Gonesse, 90 segundos após decolar de CDG. Todos os 109 ocupantes morreram e outras quatro pessoas em solo também, totalizando 113 vítimas.

Após o acidente, a Air France e a British Airways decidiram estacionar seus Concordes durante meses. Os supersônicos passaram por reformulações, ganhando um reforço estrutural nos tanques, bem como reforços nos pneus e voltaram a voar no segundo semestre de 2001.

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