Novas concessões de aeroportos só sairão após reestruturação da Infraero

Empresa perdeu 54% de sua receita após as concessões de seis aeroportos

A Secretaria de Aviação Civil da Presidência retomará este ano a política de concessões que transferiu a operação de seis grandes aeroportos brasileiros à iniciativa privada. Mas só o fará após a reestruturação da Infraero. O Governo afirma que conceder outros aeroportos administrados pela empresa a operadores privados, neste momento, inviabilizaria a gestão dos terminais que se mantivessem sob sua gestão. A empresa perdeu 54% de sua receita após as concessões de seis aeroportos: Guarulhos, Viracopos, Brasília, Galeão, Confins e São Gonçalo do Amarante. Juntos, os seis movimentaram 97 milhões de passageiros em 2014. Assim, a Infraero passou a administrar os 60 terminais sob sua responsabilidade com os 46% de receita que lhe restaram. Juntos, esses 60 aeroportos movimentaram 112 milhões de passageiros no ano passado, só 15 milhões a mais do que os seis concedidos. Para se reorganizar diante desse novo cenário, a Infraero passará por uma reestruturação cujo principal objetivo é permitir à empresa privilegiar o seu negócio fim: a operação aeroportuária, que ficará a cargo da Infraero Serviços. Essa subsidiária terá um sócio internacional. Como ela, uma operadora, só que no mercado externo. A Secretaria já fez um processo de seleção. Restaram dois concorrentes. A Infraero terá 51% e o sócio estrangeiro, 49%. A empresa terá como objetivo a busca de novos negócios nos mercados doméstico e internacional. As outras unidades serão a Infraero Participações e a Navegação Aérea. A ideia é separar a navegação do todo e permitir que a Infraero Serviços possa concentrar seu foco na gestão dos aeroportos. A Infraero hoje opera 74 unidades de navegação aérea entre torres, estações de serviço de tráfego aéreo, além de 13 zonas de aproximação. Opera até mesmo a torre do aeroporto de Ribeirão Preto, gerido pelo município. Mais informações no portal www.aviacaocivil.gov.br.

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