Relembre: o BAC One-Eleven na Força Aérea Brasileira

O BAC 1-11 foi uma figura bastante comum nos aeroportos brasileiros há várias décadas. Introduzido no País nas asas da Vasp, que voou com uma dupla da série 400, o modelo também operou comercialmente na TransBrasil, maior operadora do jato britânico no Brasil. Houve ainda uma terceira operadora do One-Eleven por aqui, mas não para transporte comercial de passageiros: a Força Aérea Brasileira.

A FAB adquiriu duas unidades do BAC 1-11 de série 400 para substituir os Vickers Viscount no transporte exclusivo da Presidência da República. Ambos eram equipados com os motores Rolls-Royce Spey MK-511 e operados pelo Grupo de Transporte Especial – GTE. A compra foi anunciada em 1967 e as entregas se iniciaram a partir do ano seguinte.

O primeiro deles chegou em novembro de 1968 e ganhou a matrícula FAB 2111. O segundo, FAB 2110, foi incorporado alguns meses depois, em maio de 1969. O designativo militar utilizado pela dupla foi VC-92. Os bimotores britânicos chegaram durante o governo de Artur da Costa e Silva e tiveram seus interiores redesenhados, com áreas privativas para descanso do presidente em exercício, mesas de trabalho e salas de reunião. Haviam também 24 assentos para uso de outros ocupantes.

Foto: Arquivo Flap

A Força Aérea Brasileira manteve seus os exemplares do VC-92 em atividade até 1976, quando foram substituídos pelo Boeing 737-200. Os dois One-Eleven da FAB acabaram vendidos para a Ford Motor Co., da Inglaterra, e deixaram o País em dezembro de 76. Além de Costa e Silva, os presidentes Emílio Médici e Ernesto Geisel também utilizaram o jato britânico. Uma curiosidade é que o BAC 1-11 foi o primeiro avião a jato utilizado pelo GTE.

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