Comexport celebra ótimos resultados em 2023

O ano trouxe resultados excepcionais para a Comexport, empresa de comércio exterior que completou 50 anos, principalmente no segmento de aeronaves executivas. Houve um expressivo aumento de aeronaves importadas, incluindo aviões e helicópteros, e até o ano fechar, outras negociações serão finalizadas pela empresa. O faturamento já atingiu um montante significativo de receita, totalizando consideráveis ganhos, sem incorporar as receitas provenientes das aeronaves em negociação.

O aumento nas vendas foi muito significativo em relação a 2022; no entanto, a empresa registrou que 60% das importações foram de aeronaves usadas, enquanto 40% eram novas. Isso porque o backlog de todos os fabricantes está tomado por pelo menos dois anos. Traduzindo, a oferta de aeronaves novas é limitada devido à alta demanda.

Juliano Lefèvre, diretor comercial da Comexport, explica que esse fenômeno ainda é resultado de todos os efeitos sentidos pela indústria durante a pandemia. “Há atrasos nas entregas de vários tipos de componentes, peças e acessórios, ou seja, a cadeia de suprimentos que atende a indústria de aviação. Esse tempo perdido dificilmente será recuperado. Temos que olhar para a frente”.

Para ele, no entanto, a pandemia, e a crise que andava de mãos dadas a ela, acabou. “O mercado está aquecido demais, estamos sendo consultados como nunca, principalmente para o setor agropecuário”, afirma Lefèvre.

Para 2024, o executivo acredita que o mercado continuará aquecido, até mais do que em 2023. “Continuaremos com um número expressivo nas importações de usados. A indústria não vai conseguir entregar aeronaves novas para novos clientes no curto prazo. Se houvesse novos à disposição, as vendas no ano que vem superariam e muito as deste ano”. Isso acaba por valorizar o preço dos seminovos. “Muitas vezes o cliente consegue vender um avião com dois anos de uso pelo mesmo valor que pagou”, explica Lefèvre.

Primeiro G600 matriculado no Brasil

Na quarta-feira passada (6/12), pousou em São Paulo o primeiro Gulfstream G600 registrado com matrícula brasileira, o PP-ARA. A importação desse jato foi feita pela Comexport, em um processo que levou mais de um ano entre a assinatura do contrato com o cliente até a entrega. O diretor comercial Juliano Lefèvre explica que é a segunda aeronave comprada por esse cliente, o que reforça o bom relacionamento entre a empresa e seus clientes.

O destaque fica por conta das instalações da Gulfstream nos Estados Unidos, bastante elogiada pelo executivo. “Começou em Dallas, depois seguimos para Savannah, e de lá até São Paulo. O atendimento da fabricante é realmente diferenciado. E voar no G600 foi, particularmente, uma experiência incrível”, afirma.

Lefèvre explica ainda que o novo sistema de registro aeronáutico da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), que agora funciona on-line, agilizou demais o processo de liberação de aeronaves importadas. “O sistema, apesar da instabilidade momentânea, merece elogios pela funcionalidade e rapidez. O G600 chegou na quarta-feira e já na sexta, no final da tarde, já estava definitivamente liberado para entrar em operação, com toda a documentação disponível para o proprietário”, comemora.

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