Gol divulga atualização ao investidor informando redução de custos e capacidade

Companhia também cortou o recebimento do modelo Boeing 737 MAX nos próximos três anos em 47 exemplares

A companhia aérea Gol divulgou uma atualização ao investidor afirmando que realizou as necessárias reduções de custos e aumentou a liquidez para atravessar a atual crise. Para preservar recursos, a administração adotou diversas medidas de economia, incluindo o diferimento de custos de manutenção pesada e mais de 6 mil licenças voluntárias não remuneradas de colaboradores. A empresa paralisou 120 aeronaves desde 28 de março e os voos em abril representaram 7% do realizado em igual período de 2019. Ao final de maio, espera-se que esse patamar de operações esteja em 12% do realizado no ano passado, com a planejada reabertura das bases nos aeroportos de Foz de Iguaçu, Navegantes e Maringá, assim como o reinício de um número limitado de voos a partir de Congonhas, São Paulo, para os aeroportos de Santos Dumont e Tom Jobim/Galeão, no Rio de Janeiro. Com a devolução de sete aeronaves Boeing 737-800 no primeiro trimestre sublocadas da Transavia e de outros quatro exemplares do tipo pretendidos no segundo trimestre, a Gol planeja devolver um total de 18 aeronaves arrendadas em 2020 e pode retornar até outras 30 unidades no biênio 2021-22. Em decorrência de uma demanda esperada mais fraca e da necessidade de menores custos de arrendamento por assento-quilômetro, a companhia atualmente avalia uma redução de frota focada nos seus 23 jatos Boeing 737-700 (15% do total de assentos). Além disso, a transportadora cortou o recebimento do modelo Boeing 737 MAX nos próximos três anos em 47 exemplares. Em 30 de abril, a Gol possuía R$ 4,0 bilhões em liquidez total, o que garante mais de dez meses de caixa disponível. A empresa está discutindo um financiamento de R$ 750 milhões a R$1 bilhão, garantido por ativos não onerados. Em março deste ano, a transportadora chegou a um acordo de compensação pela paralização dos Boeing 737 MAX e de reestruturação da carteira de pedidos, pelo qual recebeu R$ 0,5 bilhão em dinheiro em abril e retém um valor presente total de R$ 1,9 bilhão a receber nos próximos anos. A companhia não tem pagamentos planejados de novas aeronaves nos próximos 24 meses. Mais informações no portal www.voegol.com.br.

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