Incidentes restringem uso de pista de Congonhas por aviação executiva
A Aena Brasil restringe a operação de aeronaves executivas em Congonhas, o principal aeroporto sob a administração da empresa espanhola. A decisão se deu após três aviões de pequeno porte terem sofrido panes no período de uma semana e afetado a operação no terminal, o segundo mais movimento do país.
Já existe um Notam (notificação aos pilotos) que diz que aeronaves com envergadura (distância de uma ponta da asa à outra) menor do que 21 metros, como é o caso da maioria dos aviões executivos, devem pousar na pista auxiliar. A pista principal deverá ser utilizada apenas por aviões de companhias aéreas. A notificação entrou em vigor no sábado passado (4/11).
Em nota, a Aena diz que há espaço para manter tanto a aviação comercial quanto a executiva em operação em Congonhas, mas que deva haver alguns ajustes, como o da restrição da pista principal, com o objetivo de reduzir riscos e melhorar a eficiência operacional. Também informa que tem feito conversas com todos os envolvidos e interessados para encontrar uma solução em conjunto.
Os três incidentes provocaram, juntos, mais de 80 cancelamentos, além dos atrasos e dos pousos em aeroportos alternados – um deles no meio do feriado prolongado de Finados. Em duração, causaram o fechamento da pista principal por mais de duas horas.
Por seu lado, a Aena afirma que tem conseguido remover as aeronaves com agilidade, de maneira segura e eficiente, com tempo médio de 1h10min.
A ALTA, associação latino-americana que representa as companhias aéreas da região, também defendeu, em nota, que a pista principal de Congonhas seja utilizada apenas por aviões de companhias aéreas regulares.
A pista principal de Congonhas tem 1.940 metros de comprimento. Já a auxiliar tem 1.495 metros de comprimento e não é utilizada pelas empresas aéreas.
(foto: Flávio Marcos de Souza)
