O jato prateado da Vasp

Em 1980, a direção da Vasp pretendia adotar uma nova identidade visual para a companhia e resolveu criar uma pintura experimental, que foi aplicada em uma aeronave Boeing 737-200 de prefixo PP-SMY. O jato teve aumentada a superfície brilhante de sua fuselagem, em alumínio, para realçar uma faixa longitudinal pintada em vários tons de azul. Com toda a cor branca retirada, apenas a posição do radome teve a cor preto fosco aplicada, para não criar interferências na recepção do radar ali montado. Esse único Boeing voou cerca de oito meses com esta apresentação, entre março e outubro de 1980, para que a empresa pudesse avaliar a aceitação pelo público e a viabilidade técnica do novo esquema. Ao final desse período, a empresa não adotou a mudança porque, visualmente, a pintura não teve o impacto que se esperava e os custos de manutenção iriam elevar-se, pois como a empresa tinha diversas rotas para as regiões norte e nordeste do Brasil, onde a temperatura média é muito alta, quando a aeronave estava no solo durante as escalas, a unidade auxiliar (APU) trabalhava no limite para diminuir a temperatura interna, gerando desconforto para os passageiros e revisões e consertos do equipamento de forma muito mais freqüente. Os custos para a aplicação de uma resina protetora na parte superior da fuselagem, para evitar entre outras coisas, o início de focos de corrosão, também eram consideráveis. Dessa forma, a empresa suspendeu o projeto durante cerca de dois anos e somente o colocou de novo em prática quando recebeu os aviões Airbus A300, no final de 1982. Nessa ocasião, um novo visual foi apresentado, que mantinha a parte superior dos aviões pintada de branco. Foto 1: Vito Alexandre Cedrini/ Foto 2: Paulo Berger

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