Por conta de uma série de sanções do Ocidente, o Irã tem formas complexas de conseguir ‘novas’ aeronaves para a frota de suas empresas aéreas e, em um novo movimento polêmico, parece ter conseguido dois Airbus A340-200.
Os quadrimotores voaram anteriormente na Força Aérea Francesa como F-RAJA e F-RAJB e em 2020 foram vendidos à LMO Aero, uma empresa de suporte e manutenção da França. Em 2022, a Taghvaee, uma suposta empresa fantasma de fachada da Mahan Air baseada em Mali, adquiriu os modelos. A companhia registrou os jatos, que estavam armazenados na Indonésia, como TZ-DTA e TZ-DTC e recentemente declarou que tinha intenção de levá-los para o Mali. De fato os quadrimotores decolaram, mas não para o Mali, e foram parar no aeroporto de Chabahar, no sul do Irã. Um deles já voou até Teerã, onde provavelmente será incorporado pela Mahan Air, que opera o A340 nas versões -300 e -600.
A movimentação suspeita não é uma novidade. No ano passado, quatro A340-300, que haviam voado previamente na Turkish Airlines e estavam estacionados na África do Sul, decolaram com destino ao Uzbequistão, no entanto, durante o voo, desviaram a rota e pousaram no Irã. O fato chamou atenção da imprensa e foi classificado como uma manobra para driblar as sanções.
