A juventude aos 50 anos

Espinha dorsal do comando estratégico da Força Aérea Americana, o bombardeiro B-52 completou, recentemente, 50 anos de uso contínuo e os planos são de sua manutenção na ativa até o ano de 2040. Símbolo da guerra fria, foi projetado para lançar as bombas de hidrogênio contra alvos na extinta União Soviética e fez o seu primeiro vôo em 1952. O mais novo dos mais de 90 jatos desse tipo mantidos em uso na aviação americana saiu das linhas de montagem da Boeing em 1962. Naquela época, quase toda a avançada tecnologia das armas que transporta não existia nem em teoria. O Pentágono já gastou cerca de US$ 5 bilhões, desde 1980, com o desenvolvimento e atualização da frota de B-52 e cada aparelho é desmontado e reconstruído a cada quatro anos. Esse trabalho é feito numa linha industrial especial operada pela Boeing e pela força aérea dos EUA na base Tinker, em Oklahoma, onde são trocadas todas as partes móveis, removidos todos os vestígios de oxidação e, principalmente, são incorporados os mais avançados recursos tecnológicos à unidade de navegação e ao painel de comando. Ao fim de 120 dias de trabalho, o B-52H, que é a última versão em uso, volta ao trabalho novo como no dia em que saiu da linha de produção, há no mínimo 40 anos. Esse programa de modernização permite que a USAF disponha a qualquer momento, de pelo menos 44 bombardeiros em regime de prontidão. Com 48 metros de comprimento, pesa 83 mil quilos vazio e é impulsionado por oito reatores PW TF33-P3 turbofan e voa a quase 15 quilômetros de altura, com uma tripulação de cinco oficiais. Atualmente, são empregados em combate para bombardeios convencionais massivos e podem transportar quase 27 mil quilos de armas na fuselagem, além de mísseis do tipo Cruise e armas sob suas asas. É considerado um caso típico de projeto perfeito, pois é ótimo de pilotar, muito seguro, robusto e de fácil manutenção, o que justifica os investimentos contínuos para o seu aperfeiçoamento e manutenção em serviço por mais 40 anos.

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