Fokker 28 operando em porta-aviões? Conheça essa história
No início da década de 80, a Marinha dos Estados Unidos lançou o programa MMVX (Programa de Aeronaves Multimissão Embarcadas em português) com a ideia de substituir os Grumman C-2 Greyhound.
Desde 1966, os C-2 têm a função de COD (Carrier Onboard Delivery), que são aeronaves designadas para manter uma ligação frequente entre os porta-aviões e as bases em terra, transportando pessoal, suprimentos, peças. Hoje, o Grumman C-2 Greyhound divide a missão com o V-22 Osprey.
Naquela época, a Marinha também pensava em incorporar aeronaves de maior porte para cumprir tal papel e a Fokker Aircraft fez a proposta de uma versão adaptada do F28, que seria chamada de F28 Mk. 5000.
O projeto era de uma aeronave para pousos e decolagens em pistas curtas, como são as dos porta-aviões, e a fabricante holandesa apresentou o modelo com um trem de pouso frontal que poderia se estender, levantando assim o nariz do avião e aumentando o ângulo de ataque das asas com a intenção de reduzir a distância de decolagem. Um sistema de reabastecimento capaz de abastecer dois caças em voo, motores mais potentes, asas dobráveis para simplificar o armazenamento do jato na embarcação e um gancho na parte traseira da aeronave para se prender aos cabos de frenagem no convés do navio durante o pouso também estavam entre as adaptações apresentadas.
A fabricante holandesa realizou alguns testes em porta-aviões com o F28 normal. A aeronave não chegou a pousar por completo pois não tinha as adaptações necessárias, mas realizou procedimentos de toque e arremetida.
A marinha norte-americana achou a proposta da Fokker criativa, mas não ficou completamente convencida e acabou não adquirindo o modelo, bem como decidiu colocar um ponto final no programa MMVX e comprou mais C-2 Greyhounds.
A Boeing e a McDonnell Douglas também apresentaram propostas com versões modificadas do 727, 737 e do DC-9.
