Principais companhias aéreas brasileiras obtêm lucro de R$ 194,1 milhões no segundo trimestre

Resultado reverte prejuízo de R$ 1,6 bilhão apurado pelo setor em igual período de 2018

As três principais empresas brasileiras de transporte aéreo público obtiveram em conjunto, lucro líquido de R$ 194,1 milhões no segundo trimestre de 2019, resultado que representou margem líquida positiva de 2,0%, ante prejuízo líquido de 1,6 bilhão e margem líquida negativa de 20,9% apurados no mesmo período de 2018. No acumulado do primeiro semestre, houve prejuízo líquido de R$ 84,5 milhões e margem líquida negativa de 0,4%, ante prejuízo de R$ 1,2 bilhão e margem negativa de 7,4% no mesmo período do ano passado. Os dados referem-se às demonstrações contábeis apresentadas pelas três principais empresas brasileiras e divulgadas pela Agência Nacional de Aviação Civil. Com significativa influência nos custos operacionais do transporte aéreo, combustíveis e taxa de câmbio seguiram em alta no segundo trimestre de 2019, na comparação com mesmo período do ano passado. O querosene de aviação subiu 11,5% na média do período, quando comparado ao segundo trimestre de 2018. A taxa de câmbio do real frente ao dólar, considerada também a média do período, manteve-se 8,7% maior que no segundo trimestre do ano passado. O combustível corresponde a cerca de 30% dos custos e despesas operacionais dos serviços de transporte aéreo prestados pelas empresas brasileiras. Já a taxa de câmbio tem forte influência nos custos de combustível, arrendamento, manutenção e seguro de aeronaves que em conjunto, representam cerca de 50% dos custos e despesas dos serviços aéreos. Das três empresas que integraram as demonstrações contábeis consolidadas do trimestre, Azul e Gol apresentaram lucro líquido de R$ 341,8 milhões e R$ 60,5 milhões, respectivamente. A LATAM apresentou resultado negativo de R$ 208,3 milhões no mesmo período. A receita operacional líquida agregada das três empresas, no acumulado do ano até junho, teve acréscimo de 17,2% em relação ao valor apurado no mesmo período do ano passado, chegando a R$ 19,4 bilhões. Os custos dos serviços prestados apresentaram aumento de 14,4%, atingindo R$ 16,6 bilhões. Assim, com o incremento dos custos em percentual menor do que o avanço da receita, o lucro bruto conjunto das três empresas cresceu 37,8%, passando de R$ 2,0 bilhões em 2018 para R$ 2,7 bilhões neste ano. Considerando apenas o segundo trimestre, a receita operacional líquida cresceu 24,5% em relação ao mesmo período de 2018, ao passo que o custo dos serviços prestados aumentou 11,8%. Com isso, o lucro bruto consolidado das três empresas apresentou variação positiva de 337,1%, indo de R$ 306,1 milhões no segundo trimestre de 2018 para R$ 1,3 bilhão no mesmo trimestre de 2019. O incremento nas receitas das empresas e consequentemente, em seus lucros brutos foi influenciado em grande parte pela paralisação das atividades da Avianca no período. O EBIT acumulado até o segundo trimestre das três empresas melhorou, saindo de R$ 80,7 milhões e margem EBIT positiva de 0,5% no segundo trimestre de 2018 para R$ 687,1 milhões e margem EBIT positiva de 3,5% em 2019. Mais informações no portal www.anac.gov.br.

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