IATA renova apelo na América Latina e no Caribe para apoiar a aviação

Análise da IATA sugere que as transportadoras da região consumiram reservas de caixa de US$ 61 bilhões apenas no segundo trimestre

A Associação Internacional de Transporte Aéreo renovou seu apelo aos governos da América Latina e do Caribe para apoiar o setor de transporte aéreo, tanto em termos de assistência e apoio financeiro, como facilitando o reinício serviços em conformidade com as diretrizes da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO). Com as receitas tendo sido reduzidas amplamente e com custos precisando ser cobertos, as companhias aéreas estão queimando dinheiro a taxas sem precedentes. A análise da IATA sugere que as transportadoras da região consumiram reservas de caixa de US$ 61 bilhões apenas no segundo trimestre. Portanto, os governos precisam urgentemente fornecer ajuda e apoio financeiro, o que tem faltado particularmente na América Latina e Caribe. Para a região, foi prometida uma ajuda governamental de US$ 0,3 bilhão, o que equivale a apenas 0,8% da receita de 2019 (US$ 38 bilhões) gerada pelas empresas aéreas da região. Três das quatro maiores operadoras já entraram com pedido de proteção contra falência no Capítulo 11 nos EUA e outras quatro já cessaram suas operações. A última previsão financeira da IATA prevê que o setor perca US$ 84,3 bilhões em 2020, com as companhias da América Latina e do Caribe registrando uma perda de US$ 4 bilhões. A contribuição da aviação para o PIB na região deve diminuir em US$ 98 bilhões este ano, colocando em risco 4,1 milhões de empregos. Com o recente anúncio da União Europeia de que da região da América Latina e do Caribe somente as chegadas internacionais do Uruguai serão permitidas, prevê-se uma queda adicional nas receitas. Com base nos cálculos atuais, a cada mês em que essa restrição permanecer, poderão ser perdidos mais US$ 300 milhões. Até agora, a aviação desempenhou um papel crucial em todas as economias do continente. A América Latina e o Caribe simplesmente carecem de alternativas viáveis, como estradas ou ferrovias. Portanto, a aviação deve poder retomar o mais rápido possível. As diretrizes necessárias sobre como a aviação pode funcionar sem se tornar um vetor para a disseminação do COVID-19 estão descritas nas diretrizes da ICAO. Esses protocolos foram elaborados com conhecimento médico e científico e explicitam claramente como a aviação pode mais uma vez cumprir com segurança seu papel de catalisador do desenvolvimento socioeconômico da região. No entanto, muitos governos estão se debatendo em termos de implementação ou estão propondo opções que imporão novos desafios operacionais e financeiros para as transportadoras. Na Colômbia, o poder de decisão para reabrir aeroportos foi transferido para prefeitos e o Panamá continua estendendo o fechamento da fronteira do país, embora seu aeroporto seja um dos principais centros das Américas. A Argentina também voltou a adiar a data de reinício dos voos domésticos. Mais informações no portal www.iata.org.

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