IATA aponta grave crise na capacidade do transporte da carga aérea

Setor precisa se mover de forma eficiente por toda a cadeia de suprimentos para ser eficaz

A Associação Internacional de Transporte Aéreo apontou grave deficit de capacidade do transporte aéreo de carga durante o último mês de março. Ainda existem muitos exemplos de atrasos na obtenção de licenças de fretamento, relaxamento da obrigatoriedade de testes para COVID-19 da tripulação de cargueiros e infraestrutura inadequada em solo de/para e dentro dos ambientes aeroportuários. A carga aérea precisa se mover de forma eficiente por toda a cadeia de suprimentos para ser eficaz. Dessa forma, A IATA pede aos governos que reduzam a burocracia nas operações de fretamento, isentem a tripulação de carga das regras de quarentena que se aplicam à população em geral e garantam pessoal e instalações adequadas para processar a carga com eficiência. Mesmo com o atual déficit de capacidade, a crise econômica deve agravar ainda mais os volumes de carga aérea. Uma análise de curto prazo mostra que a atividade de manufatura global continuou em contração em março, pois as restrições impostas pelos governos causaram interrupções generalizadas. Após o acentuado declínio em fevereiro, que foi mais grave que a crise financeira global de 2008, o índice que mede a atividade de gerenciadores de compras da manufatura subiu um pouco em março, mas continua com tendência de queda. Essa pequena melhoria foi resultado da estabilização do PMI da China e ao excluir este resultado, o índice global caiu para o seu nível mais baixo desde maio de 2009. Para o restante do ano, a Organização Mundial do Comércio prevê poucas chances de uma recuperação rápida. O cenário mais otimista é de queda de 13% no comércio em 2020, enquanto o cenário pessimista registra queda de 32%. Esses resultados causarão um impacto profundo nas perspectivas da carga aérea. Porém, uma área de demanda apresenta crescimento. O transporte de produtos farmacêuticos registrou o dobro do volume do ano passado, sem contar o transporte de equipamentos médicos. Mais informações no portal www.iata.org.

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