IATA apoia uso de máscaras a bordo mas não o distanciamento social

As evidências, embora limitadas, sugerem que o risco de transmissão do vírus a bordo de aeronaves é baixo, mesmo sem medidas especiais

A Associação Internacional de Transporte Aéreo anunciou que apoia o uso de máscaras faciais para passageiros e tripulação enquanto a bordo de aeronaves como parte crítica de uma abordagem da biossegurança a ser implementada temporariamente quando as pessoas voltam a viajar de avião. Entretanto, a organização não recomenda medidas de distanciamento social que deixariam vazias os assentos do meio nas aeronaves. As evidências sugerem que o risco de transmissão a bordo é baixo e o uso de máscaras reduzirá o risco ainda mais, evitando os dramáticos aumentos de custos nas viagens aéreas que as medidas de distanciamento social a bordo trariam. Além das coberturas faciais, as medidas temporárias de segurança incluem rastreio da temperatura dos passageiros, trabalhadores do aeroporto e viajantes, processos de embarque e desembarque que reduzem o contato com outros passageiros, limitação do movimento dentro da cabine durante o voo, limpeza da cabine mais frequente e mais profunda e serviços de bordo simplificados que reduzem o movimento da tripulação e a interação com os passageiros. Quando comprovados e disponíveis em escala, os testes para COVID-19 ou passaportes de imunidade também podem ser incluídos como medidas temporárias de segurança. Por outro lado, mesmo que implementado, o assento do meio vago não fornecerá a separação recomendada para que o distanciamento social seja eficaz. A maioria das autoridades recomenda entre 1 e 2 metros, enquanto a largura média do assento é inferior a 50 cm. Os pedidos de medidas de distanciamento social nas aeronaves mudariam fundamentalmente a economia da aviação, reduzindo o fator de ocupação máxima para 62%. Isso está bem abaixo do fator de equilíbrio da indústria de 77%. Com menos assentos para vender, os custos unitários aumentariam bastante. Em comparação com 2019, as tarifas aéreas precisariam aumentar drasticamente entre 43% e 54%, dependendo da região apenas para se equilibrar. Mais informações no portal www.iata.org.

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