IATA afirma que tráfego aéreo na América Latina e Caribe permanece estagnado

Empresas baseadas na região estão mostrando claramente as consequências do bloqueio contínuo em muitos países

A Associação Internacional de Transporte Aéreo renovou seu apelo aos governos da América Latina e do Caribe para permitir um reinício mais amplo da aviação, bem como considerar o fornecimento de mais alívio financeiro e ajuda para as transportadoras aéreas. As empresas baseadas na região estão mostrando claramente as consequências do bloqueio contínuo em muitos países. A demanda em julho caiu 95% em relação ao mesmo mês do ano passado, ante queda de 96,6% em junho. A capacidade reduziu 92,6% e a taxa de ocupação caiu 27,1 pontos percentuais para 58,4%, embora a maior entre as regiões, novamente como uma indicação de que há alguma demanda no mercado. Em paralelo, a procura de carga também diminuiu globalmente, em parte devido à falta de capacidade causada pela suspensão dos voos de passageiros. A crise do COVID-19 é particularmente desafiadora no momento para as companhias com base na América Latina devido a medidas rígidas de bloqueio. Em julho, o mercado de carga aérea da região foi menor do que o africano pela primeira vez. A Argentina é agora o maior mercado da região onde a aviação continua suspensa. A indústria não pode mais aceitar novos adiamentos das datas de reabertura. É necessário esclarecer quando os voos podem retomar, especialmente porque todos os protocolos de biossegurança estão em vigor. A LATAM Argentina já encerrou as operações e as operadoras internacionais Air New Zealand, Emirates e Qatar Airways anunciaram que não retomarão os voos para o país, afetando negativamente a conectividade quando as fronteiras forem reabertas. O Chile, embora tenha mantido voos domésticos e internacionais, precisa considerar urgentemente o levantamento das restrições de fronteira e das regulamentações de quarentena. As empresas internacionais voltaram a operar no país, mas se a demanda continuar deprimida, é provável que a capacidade seja novamente retirada. Enquanto isso, a Colômbia avançou esta semana com a retomada do serviço doméstico para 15 destinos, incluindo o Aeroporto de Bogotá. O planejamento coordenado com as autoridades deve agora continuar para garantir que também os serviços internacionais possam recomeçar sem atrasos indevidos. Após a retomada dos serviços domésticos em julho, as autoridades do Peru anunciaram a retomada dos voos internacionais a partir de outubro. A indústria está aguardando ansiosamente mais detalhes para que as companhias aéreas possam começar a planejar adequadamente. A Bolívia também suspendeu as restrições de fronteira e permitirá voos internacionais de e para Brasil, Europa, Uruguai e EUA. Antes do COVID-19, a aviação direta e indiretamente contribuía com US$ 167 bilhões para o PIB da região e sustentava 7,2 milhões de empregos. Se os governos continuarem impondo restrições à aviação na região, esse impacto será massivamente reduzido. Mais informações no portal www.iata.org. Foto: Paulo Berger

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