A Embraer leva seu E195-E2 “TechLion” ao 14º Airshow China 2022, salão aeronáutico que começa hoje em Zhuhai. A fabricante brasileira aproveitará o evento para divulgar suas perspectivas para os próximos 20 anos de aviação comercial na China.

Ademais, o grande desafio para a Embraer será bater de frente com a fabricante chinesa Comac, que recentemente certificou seu jato C919, para 170 pessoas, e produz também o ARJ21-700, jato regional para até 90 pessoas. Embora a brasileira tenha participação expressiva naquele mercado, a política do governo chinês é incentivar a utilização dos seus próprios produtos.

O E195-E2 é o maior jato de passageiros produzido pela Embraer. “Estamos confiantes de que teremos diversas oportunidades de negócios na China”, afirma Arjan Meijer, presidente da Embraer Aviação Comercial.

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E-Jets na China

Antes da pandemia, 91 E-Jets operavam 460 rotas na China, conectando 150 cidades no país e no exterior e transportando cerca de 15 milhões de passageiros anualmente. Além disso, durante a crise sanitárias, os aviões foram fundamentais para manter a principais rotas em atividade e ajudar na recuperação da indústria.

No início deste ano, a empresa lançou o programa E190F e E195F P2F (passenger to freight conversions), atendendo à alta demanda por carga e às tendências positivas no mercado chinês. A demanda de carga aérea da China é destaque no mercado global. Sendo assim, o país foi fortemente impulsionado pelo desenvolvimento econômico e pela demanda de comércio eletrônico em rápido crescimento.

“Precisamos de uma nova geração de cargueiros com capacidade de até 15 toneladas. Eles oferecerão serviços de logística aérea mais rápidos e eficientes. O programa P2F chega na hora certa para atender às necessidades desse mercado”, explica Guo Qing, vice-presidente de aviação comercial da Embraer China.