Relembre: o Boeing 737-300 na Gol Linhas Aéreas

Olhando para a frota atual da Gol Linhas Aéreas, que é composta por Boeing 737NG e pelos novíssimos 737 MAX, é fácil esquecer que um dia a companhia voou com os clássicos 737-300.

A empresa chegou ao mercado em 2001, trazendo um novo jeito de voar aos céus brasileiros a bordo de novíssimas aeronaves: o Boeing 737-700 e posteriormente o 737-800. A maioria dos 737s Next Generation eram novos de fábrica, seguindo assim uma sequência de entrega, com prazos determinados. A Gol estava em ritmo de crescimento e, para acelerar sua expansão, decidiu arrendar uma porção de 737-300 que estavam disponíveis no mercado.

Introdução do modelo

O primeiro deles, PR-GLA, pousou no Brasil em julho de 2004. Na sequência chegaram outros quatro: PR-GLC, PR-GLB, PR-GLD e PR-GLE, incorporados até dezembro daquele ano.

Em 2005, a companhia recebeu mais sete: PR-GLI, PR-GLJ, PR-GLH, PR-GLG, PR-GLF, PR-GLK e PR-GLM, que chegaram nessa ordem entre os meses de junho e dezembro.

No ano seguinte, chegaram os últimos três: PR-GLN, PR-GLQ e PR-GLO, totalizando 15 Boeing 737-300 na frota da companhia. A configuração interna utilizada no modelo era para acomodar 144 passageiros em classe única.

As aeronaves não foram escaladas em rotas específicas da companhia e voavam se revezando com os 737-700 e -800 em diversos trajetos.

Devolução

A Gol manteve os 15 simultaneamente em operação por apenas dois meses, isso porque o PR-GLA deixou de voar pela companhia em agosto de 2006. Com a chegada de novos Boeing 737NG, a empresa começou a se desfazer de seus “temporários” 737 Classics.

Em 2008, mais quatro foram devolvidos e dez continuaram voando na aérea. No ano seguinte, somente o PR-GLK deixou a frota da Gol, mas o Boeing continuou pelo Brasil por mais algum tempo. Depois da Gol, o PR-GLK recebeu as cores da BRA e posteriormente da Puma Air, onde passou a operar com a matrícula PR-PUA e voou até 2011. Em 2010, boa parte dos jatos saíram de serviço e o último restante, PR-GLN, deixou de voar comercialmente pela companhia em 2011. No entanto, esse não foi o fim do modelo na frota da aérea.

Galeria de Fotos 

Outras operações

Além dos quinze Boeing 737-300 que voaram com a pintura da Gol, a companhia chegou a operar mais exemplares do modelo por meio de outras companhias. Após a aquisição da Varig, a Gol chegou a ter mais de trinta 737-300 em sua frota ao herdar 16 unidades que voavam na Pioneira.

anteriormente
Foto: Benito Latorre

Na VRG Linhas Aéreas, a maioria dos Boeing 737-300 voaram com o esquema visual da antiga Varig, exceto o PP-VPB (foto acima), que recebeu a pintura da conhecida como “Nova Varig”. A última aeronave do modelo foi devolvida em 2010.

Em 2012, o Boeing 737-300 ressurgiu para a empresa com a aquisição da Webjet. Os jatos não duraram muito nas mãos da Gol e o último exemplar devolvido foi o PR-WJI, em 2014; contudo, a aeronave já estava fora de operação há um bom tempo.

Foto: Rodrigo Cozzato

Várias companhias aéreas brasileiras voaram com os modelos da geração Classic do 737, incluindo Transbrasil, Vasp e BRA, entre outras. Ainda hoje eles continuam em operação aqui no Brasil por meio da Sideral e Modern Logistics, mas agora focados em voos cargueiros e esporadicamente fretamentos com passageiros.

Você chegou a voar no Boeing 737-300 da Gol? Conte para nós!

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Um Comentário

  1. Faltou mencionar, lapso grave na história : 737-300 da FLEX em 2008 (velha Varig com CHETA da Nordeste) que voou o PR FLX em acordo com a GOL, que vendia os lugares no próprio site.
    Puma Air- sediada no Norte, mais uma empresa “nebulosa” com indícios de lavagem de dinheiro de um general Angolano voou o PR PUA, ex PR GLK que foi da BRA 2.0 empresa voou só 1 ano. Tinha interior com poltronas de forro “padrão” Gol, o que causava certo “incomodo” nos clientes. Puma por sinal no início foi assessorada pela Gol na venda de passagens e na questão operacional de gestão da aeronave.
    Curiosidade: quade todos os 300 da GOL eram ex United Airlines com customer code 322, excessão ao GLA(ex Lufthansa cc 330)os ex UA tinham motores CFM 56-3B1 de menor traço/potência e tinham restrições como não pousar no SDU, vieram com interior, bins, galleys, toilets, layout de instrumentos do cockpit ainda padrão United. Os comissários “amavam e odiavam” e tinham o apelido de Toddeschini pois as galleys eram cheias de gavetinhas, padrão KSSU e a Gol originalmente ATLAS. Os trolleys tinham um plug de aquecimento/warmer que podia ser ativado ao travar-las.

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