Em 1983, Roberto Carlos embarcou em um de seus mais grandiosos projetos feitos até hoje: o Projeto Emoções.
O cantor queria levar seu show por completo pelo Brasil, inspirando-se em turnês como a do Rolling Stones. A ideia era fazer em grandes locais, com boa acústica. Naquele período, shows maiores, como os do o Projeto Emoções, aconteciam somente em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro por conta dos altos custos para o transporte de toda a estrutura, equipe técnica, aparelhagem, entre outros detalhes.
Para solucionar a matemática de como realizar tal logística, Roberto Carlos decidiu fretar uma aeronave.
“O avião de repente é uma casa, onde a gente tem ali uma família. Então a equipe, todo mundo, a gente vira uma equipe.”
Disse Roberto Carlos em uma entrevista na época
A aeronave escolhida para realizar a viagem pelo Brasil foi um Boeing 737-200 da Vasp. O jato recebeu uma adesivagem especial com o logotipo da turnê.
No entanto, o contrato com a Vasp acabou gerando a abertura de um inquérito para investigar se aquele acordo não estava dando prejuízo aos cofres públicos, uma vez que a Vasp era pertencente ao governo do Estado de São Paulo. Na época também foi falado que a Vasp não havia recebido nada pelo contrato e a polêmica foi manchete de vários jornais. A investigação concluiu que o contrato foi benéfico para ambas as partes.
O show, que já tinha sido apresentado em São Paulo e no Rio de Janeiro, passou também por cidades como Brasília, Goiânia, Campo Grande, Cuiabá, Porto Velho, Manaus, Belém, Teresina, Fortaleza, Natal, João Pessoa, Recife, Maceió, Aracaju, Salvador, Ilhéus e terminou em Vitória.
