On This Day: 15 anos do 1º voo do Sukhoi Superjet 100

On This Day: 15 anos do 1º voo do Sukhoi Superjet

Fabricado e projetado pela russa Sukhoi e concorrente dos E-Jets da Embraer, o Superjet 100 está completando hoje (19) 15 anos de sua primeira decolagem.

Lançamento e produção 

Os estudos para um jato regional russo se iniciaram em 2001 e a Sukhoi identificou que o mercado aéreo necessitava de uma aeronave com alcance entre 3.000 e 4.500 km, acima dos aviões regionais daquele momento. A fabricante projetava três variantes: RRJ60, RRJ75 e RRJ95, para 60, 78 e 98 assentos respectivamente e estimava a venda para 800 unidades.

Em 2005, decidiu-se focar mais no desenvolvimento da maior variante, o RRJ95, pois acreditava-se que os outros dois menores não seriam tão eficientes. No Farnborough Airshow daquele ano, o jato foi renomeado para Sukhoi Superjet 100 e em dezembro ganhou sua primeira encomenda: 30 unidades para a Aeroflot.

Para equipar o avião, quatro tipos de motores foram cotados e optou-se pelo SaM146.

Em 26 de setembro, aconteceu a revelação oficial do modelo, no Aeroporto Dzyomgi, na Rússia.

Primeiro Voo e Desempenho Comercial

Meses mais tarde, em 19 de maio de 2008, o jato decolou pela primeira vez. O protótipo partiu do aeroporto de Komsomolsk-on-Amur para o seu primeiro voo teste, que foi completado com sucesso. Posteriormente, a fabricante construiu outros dois protótipos, que voaram pela primeira vez em dezembro de 2008 e julho de 2009, para dar andamento no processo de certificação, que foi concluído em 2011.

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Primeiro e único Superjet da Armavia

A aeronave entrou em serviço regular em 21 de abril de 2011 pela Armavia, da Armênia. De matrícula EK95015, o bimotor voou de Yerevan para Moscou, onde pousou após 2h55 de voo. A companhia operou somente com um exemplar, que foi retirado de serviço pouco mais de um ano depois, em outubro de 2012.

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A Interjet foi a única operadora do Superjet 100 nas Américas e deixou de voar com o modelo há alguns anos. A empresa não se encontra mais em operação.

O desempenho comercial do jato não seguiu o projetado pela Sukhoi e 385 encomendas foram conquistadas, significando menos da metade do esperado. A maioria das clientes do modelo são russas. Fora do país, apenas a mexicana Interjet, o Governo do Cazaquistão, o Governo da Tailândia, a Armavia e a irlandesa CityJet, voaram ou ainda voam com o modelo.

Acidentes com prototipos

A imagem do jato ficou manchada após um grave acidente que aconteceu na Indonésia em 2012 durante um voo de demonstração com clientes. A aeronave entrou em voo controlado no Mount Salak vitimando todos os 45 ocupantes a bordo. A investigação concluiu que os comandantes ignoraram o aviso TAWS, que indica proximidade com o terreno, por conta de uma conversa com um potencial cliente.

Pouco mais de um ano depois, outro protótipo do jato se envolveu em uma ocorrência, mas agora na Islândia. Em julho de 2013, a aeronave estava realizando voos testes no país e durante uma avaliação de autoland com apenas um motor e em condições de vento cruzado, o comandante, fatigado, iniciou uma arremetida programada, no entanto, deu potência no motor errado e o jato começou a perder altitude. Quando percebeu seu equívoco, o piloto deu potência no motor correto, mas já era tarde demais. O avião acabou tocando o solo, sem trem de pouco. Não houveram fatalidades, contudo, a nova ocorrência também não foi positiva para a imagem da aeronave.

O Superjet hoje

Ao todo, 229 unidades do jato foram construídas até o momento, sendo a Rossiya – Russian Airlines, que é parte do grupo Aeroflot, a maior operadora do modelo, com 77 exemplares em sua frota. Ao menos, outras onze companhias aéreas russas voam com o jato.


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