Desaparecido no Atlântico: o mistério do 727 da Faucett Perú

O desaparecimento de aeronaves comerciais de maior porte é raro, mas já aconteceu ao longo da história da aviação, como o famoso caso do voo MH370 da Malaysia Airlines, ou um menos conhecido como um Boeing 727 da Faucett Perú, que sumiu no Atlântico e jamais foi encontrado.

Era terça-feira, 11 de setembro de 1990, quando o Boeing 727-247 de matrícula OB-1303 da Faucett Perú decolou às 13h16 (local) de Keflavik, na Islândia, para Gander, no Canadá. O trijato havia sido arrendado pela Air Malta durante a alta temporada e estava voltando para a América do Sul após o fim do contrato, realizando um trajeto longo traslado entre Malta e Peru, que contava com paradas em Milão, Londres, Keflavik, Gander e posteriormente Miami e Lima. A bordo, 16 ocupantes, sendo 6 tripulantes e 10 passageiros, incluindo funcionários da empresa e seus familiares.

A partida da Islândia aconteceu normalmente, no entanto, o 727 não pousou conforme o previsto em Gander e, cerca de 30 minutos após o horário programado para sua chegada na cidade canadense, duas aeronaves, uma da TWA e a outra da American Airlines, reportaram que captaram uma transmissão declarando emergência por falta de combustível. Eram os pilotos do Faucett, que comunicaram estar a 10 mil pés de altitude, se preparando para um pouso forçado no Oceano Atlântico. Essa foi a última mensagem transmitida pelos tripulantes.

Após horas sem notícia alguma do 727, a Forças Armadas do Canadá iniciaram as buscas pelo avião e seus ocupantes, utilizando três CP-140 Aurora e três CH-113 Labrador, além de barcos da marinha canadense, que também se dirigiram à suposta área que a aeronave teria pousado. Um fraco sinal de emergência foi captado por satélites depois do desaparecimento da aeronave, mas sua localização exata não pôde ser identificada. O tempo no momento era bom, a visibilidade também era boa e o mar estava calmo. O 727 era equipado com botes salva-vidas e outros equipamentos que poderiam ser utilizados no caso de um pouso na água. No entanto, nada jamais foi encontrado e o mistério de seu desaparecimento paira até hoje.

Diversas hipóteses foram levantadas, principalmente devido à suposta localização que o 727 teria desaparecido, que estaria fora da rota original da aeronave até Gander, indicando que a aeronave não estava seguindo o trajeto programado e abrindo diversas possibilidades, como desorientação dos pilotos durante o voo ou também problemas com o INS (Inercial Navigation System), sistema de navegação inercial.

O Governo do Peru abriu uma investigação sobre o caso, mas não chegou a uma conclusão e o acidente ficou atribuído como um “planejamento equivocado do piloto”.

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