Identificação de equipamento não autorizado foi tema de simpósio de tecnologias antidrones

Nos meses de junho e julho será feita a validação de opções apresentadas por empresas no Aeroporto de São José dos Campos/SP

As tecnologias de identificação, detecção, monitoração e neutralização de drones foram objeto do 1° Simpósio de Tecnologias Antidrones – Aspectos Legais, promovido pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), entre os dias 13 e 15 de maio, em São Paulo/SP. O evento foi motivado pela preocupação da comunidade aeronáutica com a segurança. Algumas áreas, como as próximas a aeroportos, são consideradas inadequadas ou totalmente proibidas para o voo de drones por representar risco à navegação aérea. O simpósio reuniu organizações governamentais, como a FAA (Federal Aviation Administration), a Secretaria Nacional de Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura (SAC), a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), além da indústria do setor. Empresas especializadas na área apresentaram produtos e tecnologias disponíveis na detecção de drones. Na nomenclatura oficial, os signatários da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) utilizam o nome SUA (pequena aeronave não tripulada) para identificar estes equipamentos. Nos meses de junho e julho será realizada a validação das tecnologias antidrones apresentadas pelas fabricantes no Aeroporto de São José dos Campos/SP. Para se ter uma ideia destes impactos, em novembro de 2017, o Aeroporto de Congonhas, um dos mais movimentados do país, foi fechado para pousos e decolagens por mais de duas horas, de acordo com informações da Infraero. Como resultado deste fechamento, 39 voos foram alternados para outros terminais e dois foram cancelados. Passageiros formaram grandes filas no check-in para remarcação de passagens e as equipes da Infraero e de empresas terceirizadas tiveram a jornada de trabalho prorrogada. A média mensal dos movimentos no aeroporto paulista em 2018, entre pousos e decolagens, foi de 18.525 voos. Além de Congonhas, houve interrupção de operações em outros três aeroportos brasileiros: Salgado Filho/RS, Confins/MG e Santa Genoveva/GO. Hoje, existem no Brasil cerca de 68 mil drones cadastrados pela ANAC, dos quais apenas 42% possuem cadastro no DECEA. Voar em área de risco para aeroportos é crime previsto no Código Penal. Quem for autuado por esta irregularidade pode pegar de dois a cinco anos de detenção. Mais informações no portal www.fab.mil.br.

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