Pesquisadores discutem os riscos da colisão entre aves e aeronaves em publicação inédita

Aves e aeronaves é o primeiro livro no Brasil dedicado exclusivamente ao tema

A partir da reunião de dados de órgãos nacionais e internacionais de aviação, o veterinário Sávio Freire Bruno e a bióloga Júlia Rodrigues Barreto abordam os riscos e os desafios enfrentados pela ciência e pela sociedade diante do perigo aviário, em “Aves e aeronaves”, primeiro livro no Brasil dedicado exclusivamente ao tema. Os pesquisadores destacam a necessidade de se avançar nas pesquisas, especialmente no Brasil, para o aprimoramento de estratégias eficazes de mitigação dos acidentes aviários. Definido como risco potencial de colisão de uma aeronave com uma ou mais aves, o perigo aviário foi registrado antes mesmo do primeiro voo automotor realizado por Alberto Santos Dumont, em 1906. Agravado ao longo do tempo, o perigo aviário é hoje encarado como uma ameaça para a aviação mundial e tem chamado a atenção após incidentes recentes, como o do Airbus atingido por uma revoada de gansos em 2009 e retratado no filme “Sully”. Dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) apontam que, entre 1996 e 2012, foram contabilizados 9.423 colisões com a fauna silvestre, no Brasil. O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) calcula que grandes empresas aéreas têm prejuízos superiores a US$ 4 milhões todo ano. O uso de drones, além de recursos luminosos, sonoros e até mesmo a falcoaria são alternativas utilizadas para reduzir os incidentes com aves e aeronaves. Embora importantes e muitas vezes eficientes, não são as únicas opções necessárias para prevenção dos desastres, principalmente no Brasil. Para o autor, é essencial conhecer a avifauna associada à região que cerca o aeroporto para se pensar as possíveis soluções para diminuir o problema. “Aves e aeronaves” é fruto do Projeto de Mitigação do Perigo Aviário desenvolvido a partir de uma parceria entre o Núcleo de Estudos de Tecnologias Avançadas (NETAv) da UFF com a Marinha do Brasil, cujo objetivo é quantificar o problema e propor medidas que diminuam o perigo aviário da Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia, no Rio de Janeiro. Mais informações no email [email protected] .

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