New Engine Option: as duas opções de motor para o A320neo

Em 2010, a Airbus lançou a série A320neo como sucessora da sua bem-sucedida família A320. A atualização do jato ganhou várias melhorias, entre elas, novos motores. Mais eficientes e econômicos que os anteriores, a Airbus anunciou o A320neo com duas opções de motor: o LEAP-1A, da CFM International (uma joint-venture entre GE Aerospace e Safran Aircraft Engines), e o PW1100G, da Pratt & Whitney.

O LEAP-1A foi lançado em 2008 como LEAP-X e sucessor dos CFM56-5B e CFM56-7B. O primeiro modelo a se tornar cliente do motor não foi a família A320neo e sim o chinês C919. A COMAC assinou o contrato com a CFM em 2009 para equipar seu novo jato. Em seus primeiros testes em solo, o motor atingiu 33,000 lbf (150 kN) de empuxo, o suficiente para o A321neo. Os testes em voo se iniciaram em 2014 a bordo de um Boeing 747-400 da própria GE utilizando um motor LEAP-1C, variação do LEAP-1A.

O motor LEAP foi oficialmente estreado em agosto de 2016 com a chegada do primeiro A320neo para a turca Pegasus Airlines. Além do modelos da Airbus e do C919, o LEAP equipa também a família 737 MAX.

Seu principal concorrente é o PW1100G da canadense Pratt & Whitney. Os testes em voo com o motor da P&W que equipa a família A320neo se iniciaram em 2013, utilizando um 747SP da própria fabricante. O primeiro voo do A320neo aconteceu em 25 de setembro de 2014 e o exemplar em questão estava equipado com o PW1100G. A certificação do motor pela FAA foi obtida em dezembro de 2014 e, além da família A320neo, a Pratt & Whitney criou variações do PW1100G para equipar o A220 e também o Embraer E2. Sua entrada em serviço ocorreu em 2016, com chegada do A320neo na Lufthansa. No entanto, os motores da Pratt & Whitney apresentaram múltiplos problemas durante sua introdução, como por exemplo, um longo acionamento superior a 6 minutos. As questões com o PW1100G causaram problemas para as operações de diversas companhias aéreas, como All Nippon Airways, IndiGo, Hong Kong Express Airways, entre outras, e afastaram novos clientes que acabaram optando pelo LEAP-1A. Para uma comparação, em julho de 2017, 9% dos A320neo equipados com o LEAP estavam fora de serviço, enquanto 46% dos que utilizavam o PW1100G estavam estacionados.

Além do demorado acionamento, os motores da Pratt & Whitney estavam experimentando problemas em voo, forçando o seu desligamento, e também vibrações. A fabricante começou então várias melhorias em seus motores, no entanto, a série do PW1100G continua “assombrando” as empresas aéreas até hoje, mas agora, o principal motivo é a falta de materiais de reposição, e diversos A320/A321neo, A220 e E2 precisaram ser estacionados nos últimos meses, enquanto aguardam novos motores.

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