MRO da LATAM ganha competitividade com a internacionalização do Aeroporto de São Carlos

Projeção é que a demanda por manutenção da frota na unidade deva aumentar 14%

A companhia aérea LATAM Airlines Brasil informa que a internacionalização do Aeroporto de São Carlos/SP deve tornar o centro de manutenção da empresa (MRO) mais competitivo mundialmente. Isso se dá em razão da redução dos custos operacionais adicionais exigidos com taxas aduaneiras, diárias, improdutividade dos aviões, combustível, pousos, decolagens e tripulação das aeronaves que saem de outros países para acessar os hangares de manutenção da empresa. A economia se inicia já em fevereiro de 2018 e poderá atingir até R$ 8,3 milhões em 2021. Estes custos adicionais têm relação direta com as restrições legais que obrigavam as aeronaves provenientes do exterior a realizarem o desembaraço aduaneiro em aeroportos internacionais do Brasil, antes e depois do MRO, tais como no Rio de Janeiro/Galeão, São Paulo/Guarulhos ou São Paulo/Viracopos, por exemplo. Agora, com a internacionalização, as aeronaves irão direto para São Carlos, reduzindo de quatro para um dia o período de desembaraço aduaneiro. Nos últimos anos, o Grupo LATAM atuou em duas frentes para preparar o MRO para este momento de aumento de demanda a partir da internacionalização do aeroporto local. A primeira frente consistiu em um amplo e detalhado plano de aproveitamento de recursos e revisitação de processos internos. Com isso, o tempo de manutenção de um jogo de trem de pouso, por exemplo, foi reduzido de 90 para 45 dias. Outra frente envolveu a alocação de recursos da empresa. Ao todo, foram investidos R$ 10 milhões nos últimos dois anos para aumentar três novas posições para manutenção simultâneas. Dessa forma, hoje, o MRO tem capacidade de realizar ao mesmo tempo nove checks. Além das posições, o local possui mais 24 oficinais, nas quais os técnicos executam trabalhos que envolvem alta tecnologia, como reparo, revisão e teste de componentes de eletrônica, hidráulica, trem de pouso, pneumática, reversores, entre outros.Atualmente, o centro em São Carlos é responsável por realizar 50% das manutenções das 306 aeronaves do Grupo LATAM. Em 2016, o espaço realizou 225 checks, dos quais foram revisados mais de 48 mil componentes, que demandaram 420 mil peças novas. Cenário bastante distinto de quando o MRO foi implementado, há 16 anos, quando foram realizados apenas 28 checks durante o ano em apenas um hangar. Foto: Flávio Marcos de Souza

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