Emirates adota tecnologia RFID para rastrear equipamentos de emergência

Os dados digitais codificados nas etiquetas do tipo são capturados pelo leitor portátil via ondas de rádio

A companhia aérea Emirates possui uma grande frota de jatos Airbus A380 e Boeing 777 e por esta razão, possui muitos equipamentos de emergência em suas aeronaves. Para resolver o desafio de rastrear esses itens essenciais em grande escala e escopo, a empresa adotou a tecnologia RFID. Embora outras transportadoras também usem tecnologia semelhante, a Emirates realiza diariamente o maior número de inspeções de equipamentos de emergência a bordo via RFID, considerando que possui mais de 250 aeronaves e então, 133 mil coletes salva-vidas devem ser inspecionados. Além disso, essa tecnologia ajuda a equipe de engenharia a manter os equipamentos de emergência em geral com 100% de integridade e conformidade dos dados, fornecendo previsões de estoque mais precisas e eficientes. Uma aeronave normalmente possui cerca de 30 itens de emergência diferentes, incluindo coletes salva-vidas, berços de emergência para bebês, desfibriladores, kits de primeiros socorros, extintores de incêndio, kits médicos, garrafas e geradores de oxigênio e equipamento de respiração. No total, a Emirates possui cerca de 180 mil peças de emergência em sua frota. Uma aeronave Airbus A380 possui 820 itens e para inspecionar todos manualmente, eram necessários 350 minutos. A Emirates tem 112 dessas aeronaves na frota, além de 144 Boeing 777, cada uma com 540 equipamentos de emergência, e a sua inspeção manual exigia 270 minutos. Agora, em razão do uso do RFID, a empresa pode inspecionar uma aeronave A380 em apenas 11 minutos e um Boeing 777 em apenas seis minutos, reduzindo o tempo da vistoria em 97% e 98%, respectivamente. O sistema RFID mudou consideravelmente a função e a interface de trabalho dos funcionários, melhorou a eficiência geral dos recursos e trouxe uma economia de milhões por ano. A companhia aérea possui mais de 1.800 mecânicos treinados para realizar a inspeção da aeronave. Antes do RFID, para confirmar a condição do colete salva-vidas, os mecânicos tinham que acessar o compartimento sob cada um dos assentos dos passageiros e o total pode variar de 489 a 615 na aeronave A380 e de 354 a 428 em um Boeing 777, e depois faziam a leitura física da etiqueta de identificação. Agora, todos os coletes salva-vidas e equipamentos de emergência têm uma etiqueta RFID, permitindo que o mecânico simplesmente passe pela cabine com um leitor portátil. Os dados lidos são transferidos para um ambiente na nuvem e depois ficam disponíveis para a equipe para futuras análises.O sistema gera uma lista completa e atualizada de equipamentos inspecionados e a sua localização exata. Além disso, destaca os assentos sem coletes salva-vidas ou que estão próximos da data de validade, permitindo que sejam substituídos rapidamente.

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