Embraer divulga estudo de mercado para a Europa e CEI

Fabricante projeta demanda para mais de 1.500 novos jatos na categoria de 70 a 130 assentos

A fabricante brasileira Embraer divulgou durante a Assembleia Geral da Associação de Companhias Aéreas Regionais Europeias (ERA), realizada em Berlim, na Alemanha, as perspectivas de mercado para a Europa e a Comunidade dos Estados Independentes (CEI). A empresa prevê que estes mercados vão demandar 1.540 novas entregas de jatos no segmento de 70 a 130 assentos (no valor de aproximadamente USD 72 bilhões) ao longo dos próximos 20 anos. Este é o segundo maior mercado mundial para o segmento, com a frota crescendo de 740 para 1.560 unidades até 2034. O relatório aponta que na Europa, o foco sobre passageiros premium de rotas longas está perto de limite, o que por sua vez, reforça a importância de jatos no segmento de 70 a 130 lugares para alimentar voos internacionais. Companhias aéreas tradicionais estão se reestruturando a fim de aumentar a eficiência e reduzir os custos. O fraco desempenho financeiro não é resultado de baixo crescimento de tráfego ou taxa de ocupação, já que o crescimento de RPK (receita por passageiro-quilômetro, medida do volume de passageiros transportados) foi sólido em 2014 (5,8%) e a taxa de ocupação total foi superior a 80%. No entanto, o poder de precificação das companhias aéreas europeias diminuiu significativamente, com a oferta superando de forma consistente a demanda. Os rendimentos diminuíram 2% anualmente ao longo dos últimos cinco anos. Além disso, há uma necessidade de mudanças estruturais, consolidação de negócios e gerenciamento de capacidade. Alimentação de grandes aeroportos e diferenciação de serviços para atrair passageiros de negócios são opções, mas isso exigirá aeronaves com capacidade adequada no segmento de 70 a 130 assentos. Em paralelo, algumas companhias aéreas de baixo custo atingiram o limite de crescimento em rotas-tronco. Como as oportunidades para explorar essas rotas são limitadas, os mercados de baixa densidade estão se tornando mais relevantes em suas redes. O desequilíbrio entre capacidade das aeronaves e demanda tem levado a um aumento no número de cancelamentos de serviço – as empresas aéreas se retiraram de 460 mercados em 2014 em comparação com 370 apenas três anos antes. Em outra etapa de desenvolvimento, a aviação intra-regional na CEI tem sido o meio de transporte que apresenta o crescimento mais rápido, sendo fundamental para melhorar a conexão entre cidades. Para apoiar este crescimento, os países têm mudado sua estratégia de transportes e focado o mercado interno, tornando as viagens aéreas mais acessíveis a mais pessoas e proporcionando ligações globais. Essas mudanças incluem a liberalização do transporte aéreo e os investimentos na indústria aeroespacial. Novos jatos com 70 a 130 lugares são capazes de adequar melhor a oferta de assentos às variações de demanda e oferecer maior conectividade, ampliando frequência de voos e abrindo novas rotas. Dez companhias aéreas integrantes da ERA operam aeronaves da Embraer, em uma rede que abrange toda a Europa, de Portugal até a Bielorrússia. São agora 30 companhias aéreas de 21 países europeus voando mais de 300 aeronaves fabricadas pela empresa. Há 60 unidades da família ERJ 145 e outros 245 E-Jets em operação. Cinco companhias aéreas membro da ERA voam a família de jatos regionais ERJ 145, enquanto seis operam os E-Jets. Para mais informações sobre o estudo, acesse o portal www.embraer.com.br.

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