Air Greeland põe a venda sua única aeronave de longo curso; entenda por quê
A Air Greenland está vendendo seu único avião de longo curso, um Airbus A330-200. A companhia aérea baseada na Groenlândia tem em sua frota, além do jato francês, sete turbo-hélices De Havilland Canada DHC-8-200, usados para voos domésticos. Já o A330 faz uma única rota, ligando Kangerlussuaq e Copenhague, na Dinamarca.
O A330 já é um veterano. Número de série 230, foi fabricado em 1998 e entregue em setembro daquele ano à Sabena, com matrícula OO-SFP. Em 2002, mudou-se para a Air Greenland para ser o orgulho da frota, com o registro OY-GRN.
De lá pra cá, ele realizou quase 12.500 ciclos e esteve no ar por mais de 55 mil horas. Isso dá aproximadamente seis anos e meio ininterruptos no ar. A aeronave é configurada com 228 assentos na classe econômica e 24 na classe Premium Laurel, a executiva da empresa.
Deixando de lado a idade do avião, de quase 25 anos, o número de ciclos mostra que o A330 ainda tem bastante chão pela frente. A Airbus diz que a aeronave pode ter cerca de vinte mil ciclos. Na prática, um avião desse porte é capaz de operar mais de oito mil ciclos sem a necessidade de uma grande manutenção estrutural.
Ainda assim, a Air Greenland optou por substituí-lo por seu irmão mais novo – e tecnológico, o A330-800neo. O -800neo é uma rara variante do novo birreator da Airbus: há apenas três em atividade no mundo atualmente, dois da Uganda Airlines e outro da Air Greenland, que ainda não foi entregue.
Há outros dois prontos, pertencentes à Kuwait Airways, e que também não foram entregues. Outros seis estão na lista de produção e ainda não têm data de entrega: dois para a Kuwait e quatro para a Garuda Indonesia.
Assim que a Air Greeland receber seu neo, o OY-GRN será negociado pela britânica Skytech AIC, empresa especializada em leasing de aeronaves. E certamente ainda terá muitos céus pela frente.
