Aena Brasil assume Congonhas em outubro

A Aena Brasil reuniu jornalistas na manhã de hoje (25/9) em São Paulo para explicar como anda o cronograma para assumir a operação de mais 11 aeroportos brasileiros, incluindo Congonhas. A empresa espanhola já investiu R$ 3,3 bilhões em pagamentos iniciais e administra outros seis aeroportos no país.

A seguir, os novos 11 aeroportos e as datas em que a Aena iniciará a administração:

– Uberlândia/MG: 10/10
– Campo Grande/MS: 13/10
– Congonhas, em São Paulo/SP: 17/10
– Ponta Porã/MS: 7/11
– Corumbá/MS: 10/11
– Uberaba/MG: 13/11
– Montes Claros/MG: 16/11
– Marabá/PA: 21/11
– Carajás/PA: 24/11
– Santarém/PA: 27/11
– Altamira/PA: 30/11

Esses aeroportos foram arrematados pela Aena Brasil em agosto de 2022 por R$ 2,4 bilhões em concessão de 30 anos. Durante a primeira fase do processo, foram feitas a elaboração e aprovação dos planos de transferência operacionais. Para isso, a companhia fez visitas técnicas aos 11 aeroportos, como uma equipe de mais de 60 profissionais.

Congonhas, na capital paulista, é o grande destaque dos aeroportos arrematados pela Aena. É a segunda ponte aérea mais movimentada em assentos ofertados, o terceiro aeroporto mais conectado domesticamente e o sétimo mais movimentado em números de passageiros totais em toda América Latina.

No curto prazo, o aeroporto paulistano deve receber a ampliação da sala de embarque remoto, readequação das vias de acesso, reforma dos banheiros e revitalização da fachada. Num segundo momento, serão feitos a revitalização das pistas de táxi, ampliação do pátio de aeronaves, novas posições de contato e a construção de novas pontes de embarque e novo terminal de passageiros.

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Santiago Yus (esq.), diretor-presidente, e Marcelo Bento, diretor de comunicações da Aena Brasil (foto: Rodrigo Cozzato)

Questionado sobre o aumento das operações por hora em Congonhas, os chamados “slots”, Santiago Yus, diretor-presidente da Aena Brasil, afirma que para isso acontecer, são necessárias “muitas mãos trabalhando juntas”:

“Apostamos no crescimento da capacidade de operações, mas até isso acontecer, são muitas instituições que devem trabalhar em conjunto, desde o preparo da parte aeroportuária, infraestrutura, tanto de terminal quanto das operações, controle do espaço aéreo, empresas de handling etc.”

O executivo explica ainda que a ampliação do número de slots, hoje 45 por hora, pode causar impacto no entorno aeroportuário, como a questão do barulho e da emissão de gases. “Tudo isso tem que ser levado em conta. A verdade é que esperamos chegar ao final da concessão com 35 milhões de passageiros”.

Outro ponto importante tocado por Yus é a aviação executiva. A todo instante surgem rumores de que aviões e helicópteros particulares seriam proibidos de operar em Congonhas num futuro próximo. O diretor da Aena, no entanto, diz o contrário:

“Contamos com a aviação executiva. Já tivemos várias reuniões com a Abag (Associação Brasileira de Aviação Geral) e reuniões individuais com os operadores. Iremos fazer estudos sobre quais aeronaves poderão operar, se os aviões de baixa performance poderão continuar etc. Estamos nesse processo de conversa com todos os envolvidos para encontrar a melhor solução. Mas a aviação executiva vai continuar em Congonhas de alguma forma”.

Atualmente, a Aena Brasil opera seis aeroportos no Nordeste do Brasil:

– Recife/PE
– Maceió/AL
– João Pessoa/PB
– Aracaju/SE
– Campina Grande/PB
– Juazeiro do Norte/CE

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