LATAM revisa plano de crescimento e prevê boa recuperação para 2023

Enquanto se prepara para sair da proteção acordada no “Chapter 11” nos Estados Unidos, a LATAM Airlines mostra uma perspectiva de negócios revisada em seu plano financeiro, esperando superar as receitas pré-crise já no próximo ano, e também aumentou as estimativas anuais de economia de custos para mais de US$ 1 bilhão.
Em cinco anos, o grupo prevê que as receitas atinjam quase US$ 11,5 bilhões em 2023, e superem os US$ 13 bilhões em 2027. O fluxo de caixa operacional atingirá mais de US$ 2 bilhões no próximo ano, e projeta um EBIT de US$ 643 milhões em 2023, alcançando mais de US$ 1 bilhão no ano seguinte e progredindo com um aumento anual constante.
Aproximadamente 12 mil funcionários tiveram suas jornadas de trabalho reduzidas ou encerradas – mais de um quarto de 2019 – para reduzir seus custos, e também renegociou cerca de mil contratos, finalizando os que não são competitivos.
A LATAM afirma que seu plano geral de capacidade revisado é baseado na recuperação da demanda do mercado sendo 5% maior do que o previsto em sua versão anterior. Ela afirma que sairá do “Chapter 11” “mais forte do que nunca”.
Sobre o tráfego internacional, projeta que voltará aos níveis de 2019 em meados de 2023, destacando que esse setor representava cerca de 45% das receitas anteriores à pandemia de covid-19. Mas ficará aquém das operações regionais, que a LATAM prevê se recuperar no quarto trimestre deste ano, cerca de um ano antes das expectativas anteriores.
A empresa prevê que todos os seus mercados domésticos atingirão níveis pré-crise até o final deste ano. A Colômbia já se recuperou, Brasil e Equador devem atingir a meta no terceiro trimestre, enquanto Chile e Peru, no quarto.
Com relação à frota, houve uma redução no total de aeronaves, de 341 para 301, e espera fechar o ano com 306. Treze Airbus A350 foram devolvidos, e as operações dos Boeing 777 e 787 passaram a ser consolidadas entre Brasil e Chile. Os Airbus A319 e A320 mais antigos também foram devolvidos, e reduziu pela metade seus Boeing 767, de 30 para 15, e tem convertido essas aeronaves para cargueiros. Até 2027, espera contar com 326 aviões, dos quais 61 de longo curso, 246 de corredor único e 19 cargueiros.
Por fim, prevê um aumento de 40% na carga transportada nos próximos cinco anos em relação aos números antes da crise.