Aéreas latino-americanas se organizam para enfrentar a crise

Um recente boletim da Associação Latino-Americana e Caribenha de Transporte Aéreo (ALTA) informou que o tráfego no ano passado caiu 59,2% na região, “com um total de 177,3 milhões de passageiros transportados no ano, principalmente nos mercados domésticos”. Também foi registrado que se estima que até junho de 2021 poderemos alcançar entre 30% e 50% de redução no tráfego global de passageiros em relação aos níveis de 2019.
O sindicato projeta que países com forte tráfego nacional, como México, Brasil e Colômbia, tenham uma vantagem significativa sobre mercados altamente dependentes de conexões internacionais, como o Panamá.
Recentemente, a Latam Airlines (uma das quatro empresas da região que está em processo de reorganização financeira), anunciou que transformará oito aeronaves Boeing 767- 300ER em cargueiros, enquanto a Avianca suspendeu temporariamente várias rotas para os Estados Unidos, Europa, América Central e América do Sul para ajustar suas operações à demanda de passageiros.
Em geral, todas as companhias aéreas da região atuaram nesse sentido. A Copa Airlines começou a reconstruir sua malha. Isso implicou na redução de sua frota, com a venda de 14 aeronaves Embraer 190 para a Australian Alliance Airlines. Isso, somado a outros termos do contrato, a levou a se desfazer de 75 aeronaves em dezembro, enquanto em 2019 contava com 102 unidades.
Já a Gol, que movimentou uma frota de 141 aeronaves em 2019, diminuiu para 126 em 2020, das quais apenas 94 estão no ar, mas a aérea explicou a seus investidores que foram firmados acordos com sócios para a criação de uma operação adicional que lhe permita agregar unidades à medida que o mercado se reativa.
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