Pista do Aeroporto do Porto Alegre ganha nova extensão

A Fraport anunciou que a tão esperada obra de ampliação da pista de pouso e decolagem do Aeroporto Internacional de Porto Alegre foi concluída e homologada pelos órgãos competentes. Após cumprir os ritos de publicidade pelo ICA (Instituto Cartográfico da Aeronáutica) – responsável pela emissão das novas cartas de procedimentos para utilização da pista expandida em 920 metros -, ela foi liberada para uso em 19 de maio de 2022, fruto de um investimento de R$ 135 milhões. As obras de ampliação da pista começaram em março de 2018 e compreendem uma série de adaptações e projetos que vão além da extensão em si. Em dezembro de 2018, foi entregue a nova via de taxiamento (taxiway) P, o que facilitou o fluxo de aeronaves nos pátios 1 e 2, especialmente as de grande porte, que operam voos internacionais.

A pista de pouso e decolagem anterior, com 2.280m, permitia operações com alcance máximo de aproximadamente 9.000km, porém com a capacidade máxima de passageiros e carga aérea limitada (75%). A ampliação para 3.200m permitirá operações de carga completa a uma distância de cerca 12.000km. Com a ampliação da pista, o aeroporto poderá receber aeronaves dos tipos: B747.400 – 13.450km de autonomia e peso aproximado de 397 toneladas (combinando passageiros, carga e fuselagem), B777.300ER – 11.120km de autonomia e peso aproximado de 300 toneladas (combinando passageiros, carga e fuselagem) e A330-900 – 13.334km de autonomia e peso aproximado de 251 toneladas (combinando passageiros, carga e fuselagem).

A Fraport Brasil recebeu, no dia 20/4/2022, a formalização da homologação dos equipamentos de auxílio às operações de pouso e decolagem, dentre eles, o Instrument Landing System (ILS) pelo CINDACTA II (Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo). Desta forma, o ILS está operacional desde 21/4/2022. A operação CAT II exige visibilidade horizontal maior que 300 metros de comprimento e visibilidade vertical maior que 30,5 metros. Contudo, vale ressaltar que os pilotos devem possuir habilitação para operar ILS CAT II e as aeronaves devem estar equipadas para tal. Ou seja, o CAT II exige determinadas condições para operação.

Entretanto, é importante ressaltar que o aeroporto nunca fecha. A Torre de Controle, por meio dos dados coletados pelos equipamentos instalados ao lado da pista, alerta quais são as condições de visibilidade. A decisão de pousar, ou não, é sempre do piloto, de acordo com seu treinamento e características da aeronave.

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