Infraero recicla mais de 70 mil m³ de água por ano

Economia anual gerada com essas ações é suficiente para abastecer um bairro com mais de 1,6 mil pessoas continuamente durante um ano inteiro

No dia 22 de março é celebrado o Dia Mundial da Água, data instituída pela ONU em 1992, e os aeroportos da Infraero têm se mostrado compromissados com a temática, reduzindo o consumo de água potável e disponibilizando-a para outros usos, e também reduzindo a geração de efluentes, minimizando eventuais impactos ambientais. A empresa já recicla mais de 70 mil m³ ao ano com soluções de uso racional dos recursos hídricos, como o aproveitamento de água de chuva, do sistema de ar condicionado, reúso de águas cinzas e o reaproveitamento da água dos testes diários dos Caminhões Contra Incêndio. A economia anual gerada com essas ações é suficiente para abastecer um bairro com mais de 1,6 mil pessoas continuamente durante um ano inteiro. Em termos financeiros, isso corresponde a R$ 2 milhões, considerando uma tarifa média de água e esgoto de cerca de R$29,50/m³. O incentivo à captação de água de chuva já é uma realidade nos aeroportos da Infraero desde 2007 no Aeroporto Santos Dumont, com destaque para as recentes ações nos novos terminais de passageiros dos aeroportos de Goiânia, Curitiba e Vitória. Nesses três aeroportos, a água de chuva, o reuso de águas cinzas, que é decorrente do tratamento dos efluentes proveniente de pias e ralos, bem como a água descartada do sistema de refrigeração passam com Estações de Tratamento e Reuso (ETR), que possuem sistemas de clarificação e desinfecção do líquido. Isso garante que a água tenha um aspecto agradável, sem cor e sem cheiro, e possa ser reaproveitada nas descargas das bacias sanitárias. Esta água também pode ser usada na limpeza de piso e no combate a incêndio em edificações. Além dos aeroportos, o edifício da sede da Infraero, em Brasília/DF, reaproveita boa parte da água da chuva para irrigação, lavagem de piso e algumas atividades de limpeza. O Aeroporto do Recife foi o pioneiro a captar a água condensada do sistema central de ar condicionado. Com a coleta, o terminal abastece as bacias sanitárias do terminal de passageiros e do edifício garagem desde 2004. Estima-se um aproveitamento de 5.600 m³/ano nesse aeroporto, calculado em função do consumo de água nas bacias sanitárias. Nos aeroportos de Goiânia, Curitiba e Vitória, as ações estão afinadas com essa solução, também abastecendo parcialmente as bacias sanitárias dos novos terminais de passageiros e o aproveitamento é contabilizado junto com o reuso de água que realizam. Já o aeroporto Santos Dumont aproveita esse recurso principalmente, direta ou indiretamente, na complexidade do sistema de ar condicionado, através de diferentes soluções implantadas em 2018, com aproveitamento estimado de 4.800 m³/ano. A ação começou no Aeroporto de Campina Grande/PB em 2012. Inserido no agreste paraibano, onde a água é um recurso escasso, o terminal tem buscado reaproveitar cada gota. Através do pioneirismo no reaproveitamento da água dos testes diários dos caminhões contra incêndio, o aeroporto paraibano reduziu significativamente o seu consumo anual de água, mesmo com o aumento de movimentação de passageiros e deu a largada em uma ação que hoje já abrange 16 outros aeroportos.  Nas Seções Contra Incêndio (SCI) dos terminais da estatal, são realizados testes diários dos Caminhões Contra Incêndio (CCI). O consumo depende do tempo de acionamento dos canhões de água dos veículos.

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