Carta aos usuários prestará esclarecimentos sobre notícias relacionadas aos aeroportos de Congonhas e Pampulha

Documento vai reproduzir razões técnicas em linguagem simplificada e direta

A Infraero divulgará até meados de novembro uma carta de esclarecimentos sobre a reativação do Aeroporto de Pampulha, em Belo Horizonte, além de prestar as informações sobre a decisão que evitou a privatização do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Dirigida aos usuários, a carta vai reproduzir razões técnicas em linguagem simplificada e direta. Entre os esclarecimentos, constará que o esvaziamento do tráfego aéreo em Pampulha gerou R$ 29,8 milhões de prejuízo líquido em 2016, devido a uma redução de passageiros que ocorreu justamente quando o terminal da capital mineira batia recordes de movimentação de passageiros, com mais de 3 milhões de embarques e desembarques em 2005. Já em 2016, esse número caiu para cerca de 300 mil embarques e desembarques. Ainda sobre Pampulha, a Infraero esclarecerá que desde a autorização da retomada dos voos, a estimativa de aumento das receitas será da ordem de R$ 22 milhões ao ano. Desta forma, o resultado financeiro projetado seria um lucro de R$ 3 milhões anuais. A ampliação da exploração de Pampulha terá ainda, papel complementar ao Aeroporto de Confins, que é capaz de operar como um hub de conexões e atender demanda doméstica e internacional, devido à sua alta conectividade e capacidade operacional superior. A carta também detalhará quais são os aspectos relevantes que embasaram a decisão do Governo Federal que cancelou estudos para privatização de Congonhas. O texto esclarecerá que as razões contrárias à privatização daquele aeroporto protegem o sistema de um impacto significativo. A exemplo do que já foi divulgado para a imprensa, os dados mostrarão que o terminal paulista responde por 15% do total do faturamento da empresa, 20% do total do movimento de passageiros e por 4,7% de quadro de pessoal. Tais números indicam que a renúncia do faturamento de Congonhas implicará num grave déficit financeiro para o sistema, reivindicando recursos do Tesouro para garantir o funcionamento de aeroportos remotos e deficitários, em cumprimento ao seu irrenunciável papel social. Portanto, em médio prazo, com a privatização de Congonhas, o governo perderia o arrecadado com desembolsos para manter mais de 30 terminais, anulando o pressuposto do instituto da privatização. Apenas por esses motivos acima, a privatização de Congonhas já comprometeria a operação dos demais aeroportos sob a responsabilidade da estatal e inviabilizaria a sustentabilidade das operações da Infraero. A carta de esclarecimentos terá como base um estudo ainda em fase de finalização, que aponta outras implicações para a empresa e para o setor aeroportuário frente a continuação do programa de concessões conforme anunciado pelo Programa de Parcerias de Investimento (PPI).

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