Relembre: a BRA e o Boeing 767

Criada em 1999, a BRA (Brasil Rodo Aéreo) iniciou suas operações com um A310 arrendado da Passaredo e chegou ao mercado com o objetivo de competir com o modal rodoviário. O forte da empresa eram os voos fretados.

Quando o A310 foi retirado de serviço, a BRA passou a operar com Boeing 737-300 do grupo Varig e, em 2001, recebeu dois 737-300 próprios. No ano seguinte, chegou o primeiro 737-400 e, em 2004, a empresa contava com oito exemplares do 737 em atividade. Naquele mesmo ano, a BRA incorporou seu Flagship. De matrícula PR-BRW, o primeiro Boeing 767 da empresa chegou em setembro de 2004 e era da versão -300ER. O bimotor, que era configurado para 284 passageiros, entrou em serviço pela BRA na madrugada do dia 25/02/2005 operando o voo 9048 partindo às 00h35 de Fortaleza para Lisboa.

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Foto: Arquivo Flap

O segundo, PR-BRV, era da versão -200 e chegou para a empresa em junho de 2006. Os jatos eram escalados em voos regulares para Lisboa, Madri e Milão, além de realizarem também diversas rotas charters/fretadas.

Confira alguns dos trechos mais operados pela dupla de 767 da BRA:

  • Salvador-Lisboa
  • Fortaleza-Lisboa
  • Natal-Lisboa
  • Maceió-Lisboa
  • Porto Seguro-Lisboa
  • Rio de Janeiro-Lisboa
  • Guarulhos-Lisboa
  • Recife-Lisboa
  • Fortaleza-Milão
  • Rio de Janeiro-Milão
  • Guarulhos-Madri
  • Rio de Janeiro-Madri
  • Recife-Madri
  • Natal-Barcelona

A companhia ainda realizou alguns fretamentos, com o 767, de Natal e Fortaleza para Gotemburgo, na Suécia; voos de extensão, também fretados, a partir de Lisboa e Madri para Tel Aviv, em Israel; e até um pouso em Damasco, na Síria, em agosto de 2006. Algumas das operações até Milão também continuaram para Roma (Fiumicino), assim como algumas até Lisboa, seguiram para Porto.

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Foto: Arquivo Flap

Os 767 da BRA também foram vistos algumas vezes em Espargos, na Ilha do Sal, em paradas intermediárias nos voos entre Brasil e Europa. Santiago e Punta Cana estão também entre as localidades por onde a dupla passou, mas com baixíssima frequência. Punta Cana, por exemplo, recebeu apenas uma operação com o 767 da BRA. O voo pousou por lá às 00h14 do dia 01/03/2006 procedente de Natal e foi realizado pelo PR-BRW.

Outros dois 767-300ER estavam sendo preparados para voar na BRA. Um deles (PR-BRU) chegou até a ser pintado nas cores da empresa nas oficinas da VEM no Galeão, no entanto, jamais entrou em serviço pela companhia.

Em 2007, o cenário começou a mudar. A imagem da empresa estava cada vez mais manchada por conta de atrasos e cancelamentos devido a questões de manutenção em suas aeronaves. Em outubro daquele ano, a ANAC ordenou a suspensão da venda dos voos internacionais da BRA após uma série de panes com os 767 e, no mês seguinte, veio a paralisação completa das operações da companhia. Sendo assim, ambos os 767 deixaram a frota da BRA.

O PR-BRV foi devolvido ao proprietário e chegou a realizar algumas operações pela Aeronautica Militare (Força Aérea da Itália) entre 2009 e 2010. O jato se encontra atualmente estocado. Já o PR-BRW, continuou no Brasil e foi voar na Ocean Air, onde ficou até 2008. Após a Ocean Air, o bimotor operou na Ryan International Airlines e, em 2014, foi desmontado em Marana.

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